No telemóvel, recebo a mensagem do meu amigo Daniel com um texto em mandarim em que se lê Yilu Shinfeng. Traduzido para português (de acordo com uma ferramenta online) vejo que o significado é qualquer coisa como “boa viagem”.
Uma outra amiga, a Marta, partilha comigo um texto, agora em português, de forte incentivo, de empatia, de quase inveja no bom sentido – que queria também estar no meu lugar. Talvez esteja ela a planear (ou sonhar) com uma aventura similar. “Boa viagem! Aproveita! Diverte-te! Experimenta comidas novas! Traz muitas histórias! Partilha aventuras! Aproveita esta oportunidade fantástica!”
Não tinha, até agora, partido para uma viagem deste género, de longa duração – onde demorasse tanto entre a origem e o destino. Onde os dois pontos – origem e destino – estivessem distantes na geografia, mas próximos na cultura, em alguns costumes, nos nomes das ruas, nas ementas e até nas pedras da calçada – como estão ainda hoje Portugal e Macau.
Da mesma forma que os aviões aceleraram o percurso entre destinos e os tornaram mais próximos, também o TGV em França uniu Paris e Bordéus em pouco mais de duas horas e fez o mesmo em relação a Paris e Lyon.
Ao mesmo tempo, a alta velocidade ditou a sentença final de uma ligação regular, pachorrenta, entre Bordéus e Lyon, através das montanhas. Uma vítima das necessidades dos tempos modernos, um exemplo onde a inovação matou a paixão.
Encontro franceses, espanhóis, portugueses, holandeses a bordo do Sud Express, um dos últimos resistentes comboios nocturnos. Um dos últimos que nos deixa viajar e dormir, para depois acordar numa outra cidade, num outro país.
Este tipo de comboio, onde alguns temerários – cada vez menos – trocam o caos do aeroporto pela simplicidade da estação ferroviária, abdicam da velocidade do avião em favor da paciência da linha de comboio.
Já poucas ligações resistem na Europa ocidental à pressa da modernidade, à estabilidade da cama de hotel, sem os solavancos de uma carruagem-cama, de uma couchette partilhada por quatro.
Senti que a minha viagem De Portugal até Macau tinha efectivamente começado e compreendia assim, na primeira pessoa, o simbolismo de uma longa viagem. Sem pressas, sem o stress do aeroporto, sem check-in e até sem greves.
Sigo, apenas, carregado de expectativa. Sentimento que espero descarregar em Macau daqui a vários meses, quando finalmente pisar a bem disposta calçada portuguesa.
Siga a viagem: Toda a informação sobre a minha viagem de longa duração, de comboio, de Portugal a Macau.
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Organizo e lidero viagens em grupo para destinos que conheço bem. E só faço viagens com pequenos grupos (máximo de 12 pessoas).
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