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Início Inspiração Vertigens e táxi (alucinogénico) no viaduto de Gokteik
Viaduto de Gokteik
Birmânia, Myanmar Foto: Jorge Duarte Estevao

Vertigens e táxi (alucinogénico) no viaduto de Gokteik

Inspiração Viagens Ásia Myanmar
Jorge Duarte Estevão
Actualizado a 03/07/2025
2 Comentários

O percurso de comboio entre Mandalay e Hsipaw, através do viaduto de Gokteik, é longo. A paisagem de Myanmar é bonita, as pessoas são interessantes, o ambiente é relaxado. Em resumo, a viagem é fantástica. Pior é atingir o destino de autocarro. Pior, muito pior, é chegar num táxi partilhado.

Esta viagem de comboio é romantizada devido às típicas paisagens asiáticas, ao charme dos seus habitantes e do próprio meio de transporte, mas muitos turistas fazem-no com um único objectivo: atravessar o viaduto de Gokteik.

Embora as carruagens sigam para Lashio, muitos, como eu, optam por ficar alojados na simpática cidade de Hsipaw – a excepção são aqueles que terminaram o percurso logo após o atravessamento do viaduto centenário.

Enquanto um casal casal de jovens birmaneses espreita os últimos posts no Facebook, uma turista ocidental investiga, na Wikipédia, os dados sobre o viaduto de Gokteik.

Ao lado, uma família birmanesa inaugura a marmita que lhe vai permitir sobreviver a estas 11 horas de comboio. Composta por uma série de recipientes metálicos, agrupados em pirâmide, a marmita organiza as refeições de forma lógica: em cima o frango de caril, na segunda prateleira, o arroz branco e, finalmente, no último “piso”, os vegetais.

Pais e avós riem à gargalhada com histórias nas redes sociais. Até há pouco tempo os birmaneses estavam bloqueados à informação do exterior, mas agora até as gerações mais velhas são atraídas pelas tecnologias. Estes são sinais de uma revolução tecnológica a que até Myanmar, com todas as restrições impostas pelo regime militar, não ficou alheia.

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A desesperar para chegar a Gokteik

Agricultores na típica paisagem da Birmânia, Myanmar, à passagem do comboio. Foto: Jorge Duarte Estevão

Máquinas transformam cereais em fardos perfeitos, o rosto dos camponeses roça os arrozais, mas ergue-se para sorrir e acenar à passagem desta máquina de metal barulhenta.

Às portas das frágeis habitações de madeira e zinco, colados à via férrea, outros cidadãos birmaneses repousam em bancos de madeira à sombra. Para alguns destes, a dupla passagem diária do comboio é o momento alto do dia e para outros, a interrupção da serenidade plena.

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Chego a Hsipaw com um dia de atraso. Uma súbita indisposição impede-me de partir de Mandalay no dia previsto, embora já tivesse bilhete de comboio válido. Desloco-me, pela segunda vez, à estação central de Mandalay para trocar o bilhete para o dia seguinte.

Na cabine 8 – a única onde se adquirem os bilhetes para este percurso entre Mandalay e Hsipaw em Upper Class – um grupo de turistas asiáticas também procura imitar-me. Dirijo-me ao funcionário, mas sou de imediato confrontado com uma redonda, mas cordial resposta:

– Não é possível fazer alterações.

Tudo bem, penso para mim próprio.

– Então gostaria de comprar um novo bilhete para amanhã.

– O comboio está esgotado para amanhã.

Respiro fundo e tento encontrar solução. Havia feito a minha pesquisa e sabia que alguns autocarros partiriam ao raiar do dia, pelo que esta seria a forma alternativa de chegar a Hsipaw. Depois viajaria para Mandalay de comboio. Enquanto equaciono as opções, vejo mais turistas a inquirir o funcionário da estação e também a voltar para trás.

Antes de comprar o bilhete de autocarro necessito da garantia que existem lugares vagos no comboio de regresso. Espero mais uns minutos até aquele grupo de turistas resolver os seus próprios dilemas e inquiro de novo o funcionário. Pausadamente, este coloca os óculos no balcão, bebe um copo de água, rabisca qualquer coisa num papel e só depois me dá atenção:

– Queria comprar um bilhete de Hsipaw para Mandalay para a próxima terça-feira – explico-lhe.

– Lamento, mas não é possível comprar esse bilhete aqui, apenas na estação de origem – na estação de Hsipaw.

Pensei que esta impossibilidade seria causada pela ineficiência ou falta de vontade daquele funcionário mas, mais tarde explicar-me-iam que é assim que funciona a compra de bilhetes em Myanmar. E, mesmo, para comprar o bilhete de Hsipaw para Mandalay não seria possível fazê-lo com antecedência.

Um funcionário do hotel em que ficaria alojado em Hsipaw ajudar-me-ia, ao deslocar-se à estação de comboios para me comprar o bilhete, enquanto eu tomava o pequeno-almoço.

(Quase) sem alternativas para chegar a Gokteik

No entanto, naquele momento, ainda na estação de Mandalay, estou sem alternativas. Se seguisse de autocarro para Hsipaw, corria o risco do comboio de regresso estar esgotado e a minha viagem seria totalmente em vão.

Sem hotel reservado para mais dias em Mandalay e já com hotel reservado e pago em Hsipaw, arrisco uma alternativa.

Desloco-me para o Hotel 8, onde me encontrava hospedado, em busca de auxílio dos seus simpáticos funcionários. Explicam-me que existem três opções quando alguém não pode (o meu caso) ou não quer ir de comboio – duvido que alguém resista a fazer esta fantástica viagem de comboio entre Mandalay e Hsipaw ou vice-versa.

Das três opções, os autocarros regulares estão esgotados, os mini-bus estão esgotados. Sobra o táxi partilhado. Depois de vários telefonemas, numa língua que desconheço, chega enfim a luz verde: vou conseguir chegar a Hsipaw e a Gokteik.

É-me dada a opção entre o lugar do pendura, por 17000 kyats (10€) ou 15000 (9€), no banco traseiro. Opto pela primeira opção.

Táxi em ritmo alucinogénico

Comida na estação de comboio, Gokteik
O almoço é servido por uma das vendedoras numa estação de comboio a meio caminho entre Mandalay e Hsipaw, na Birmânia, Myanmar. Foto: Jorge Duarte Estevão

O taxista chega com 30 minutos de atraso em relação ao combinado. A viagem, com duração prevista de cinco horas, aumenta a cada minuto de atraso. Ainda é necessário recolher os outros passageiros, mas o problema é que parece não haver ainda outros passageiros.

Espero (e desespero), já no escritório da empresa de táxis, enquanto três homens, incluindo o meu suposto taxista, passam minutos ao telefone a tentar encontrar mais passageiros.

Finalmente, 70 minutos depois do combinado, saímos de Mandalay em direcção a Hsipaw: quatro passageiros e o condutor numa Nissan ad Van, um carro muito comum (e pouco confortável) nas estradas de Myanmar.

Ainda antes de concluída a primeira hora de viagem, surge uma paragem súbita, sem anúncio, para reabastecimento. Não para reabastecer de combustível ou tomar o pequeno-almoço. Eu chamo-lhe uma “paragem técnica”. Objectivo: comprar folhas de bétel – uma planta agora muito popular que se mastiga um pouco por toda a Ásia, sobretudo em Myanmar.

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A planta funciona, aparentemente, como estimulante, como o chá ou café. Todavia, o excesso pode provocar cancro oral e grande parte da população birmanesa ostenta uma degradante saúde oral – dentes avermelhados e apodrecidos do constante mascar das folhas de bétel.

Homens e mulheres, jovens e velhos consomem-nas com uma incrível frequência. A forma de consumo é simples: mastiga-se e depois cospe-se o líquido acastanhado que advém desse processo. Sou assim exposto a quase seis horas de contínua mastigação e expelição – ora para uma garrafa de plástico, ora pela janela.

Por cada folha mascada pelo taxista a viagem reduz-se em um ou dois minutos – já que este coloca com vigor o pé no acelerador – mas ganho cabelos brancos em igual medida, dado o seu estado de condução estimulado.

O meu novo amigo Richard

Myanmar railways, Hsipaw-Mandalay
Richard mostra-me o documento que tem de preencher após inspecção periódica ao comboio entre Hsipaw e Mandalay, Birmânia, Myanmar. Foto: Jorge Duarte Estevão

O dia ainda mal vai a meio e pareço querer adormecer, mas sou acordado pelo ruído e excitação. Sabia que ainda estávamos longe do viaduto, portanto, desconhecia o que se passava.

Eram vendedores a chamar os clientes para almoço numa paragem intermédia desta longa viagem entre Hsipaw e Mandalay.

Vejo o maquinista e toda a sua equipa a deslocar-se para um pequeno restaurante à beira da ferrovia e percebo que vamos ficar por ali algum tempo. É uma espécie de paragem da Rede Expressos, em Portugal, na Mimosa, a caminho do Alentejo ou do Algarve.

Aproveito também para explorar a estação e ver de perto o comboio onde viajo. Enquanto fotografo, sou abordado por um homem com uniforme dos comboios de Myanmar.

Por momentos pensei que já estava em apuros, mas é falso alarme. Richard, de 56 anos, queria apenas saber o meu interesse pelo comboio e o que andava um viajante português a fazer por aqueles lugares mais remotos da antiga Birmânia.

Num inglês esforçado, diz-me com orgulho que aprendeu a falar a língua anglo-saxónica na universidade. Mesmo sem articular frases completas, o seu nível de inglês é perceptível. Conta-me que todos os dias inspecciona o comboio antes deste partir, para garantir a segurança.

Richard, tal como muitos birmaneses, queixa-se do parco salário que não permite luxos – como comprar carne. As refeições são, na maioria, à base de vegetais e arroz. Duas filhas, ambas já crescidas, vivem na Arábia Saudita e dão uma ajuda. O emprego em Myanmar é escasso e mal pago.

– Vi que estavas a fotografar as solipas que utilizamos para a construção dos caminhos de ferro.

– Sim, é verdade. De onde vêm? – pergunto-lhe

– Retiramos esta madeira a partir de árvores da nossa floresta aqui em Myanmar. As árvores são fortes e perfeitas para este tipo de utilização.

A desflorestação é um problema que está a afectar Myanmar, não pela madeira retirada para os caminhos de ferro, mas pela destruição de zonas verdes que dão lugar a áreas de cultivo.

Enquanto falamos, vejo passar um homem de forte envergadura, vestido de azul. É o maquinista que, depois de ter terminado a sua refeição, está pronto para regressar ao posto de comando. Locais e turistas apressam-se a comprar os últimos snacks ou refeições já prontas numa espécie de messe improvisada – a dois metros da linha férrea.

Numa fila paralela de vendedores, três mulheres vendem vegetais, fruta, pernas de frango já confeccionadas.

O aroma é apetitoso, mas ainda é cedo para o estômago português – almoçar antes do meio-dia não é conveniente para mim. Além disso, o super pequeno-almoço de Hsipaw ainda está longe de ter sido digerido, pelo que adio por mais uma hora ou duas a refeição principal.

Despeço-me de Richard e regresso ao comboio, caminhando de carruagem em carruagem. Batatas fritas caseiras, cerveja e refrigerantes já circulam de mão em mão. E uma iguaria – ovos de codorniz cozidos – servida, como quase tudo em Myanmar, em pequenos sacos de plástico.

Viaduto de Gokteik – impróprio para quem sofre de vertigens

Comboio entre Hsipaw e Mandalay, Birmânia, Myanmar
Em Myanmar, a maioria das pessoas adora ser fotografada, como é o caso deste homem no comboio entre Hsipaw e Mandalay, Birmânia, Myanmar. Foto: Jorge Duarte Estevão

O viaduto construído pelos ingleses em 1900 continua activo e é agora uma atracção turística para os ocidentais, mas incontornável meio de circulação para os locais.

Esta herança do colonialismo britânico foi um feito da engenharia na sua época e continua a sê-lo. A ponte de entrelaçados de metal situa-se a cerca de 100 km de Mandalay, entre Pyin Oo Lwin e Lashio e é a mais alta de Myanmar.

Com uma altura de 100 metros e comprimento de quase 700 metros, o viaduto de Gokteik assusta até visto de longe.

O governo de Myanmar, entretanto, anunciou que pretende construir um novo viaduto, paralelo ao viaduto de Gokteik, em Gokwin, estimando o custo em 120 milhões de dólares. Uma necessidade, diria eu, depois de ter viajado de carro pelas intermináveis curvas entre Mandalay e Hsipaw.

Incautos turistas tinham como passatempo sair do comboio e caminhar pelo viaduto, tirando selfies ou apenas espreitando para a ravina – muitos, alegadamente, já depois de terem bebido bastante, o que forçou as autoridades birmanesas a proibir o uso do viaduto por peões.

A paragem após o viaduto de Gokteik é breve, mas a excitação e o “bruaá” começa mais de cinco minutos antes quando, no sentido Hsipaw – Mandalay, começam a avistar-se as primeiras colunas da estrutura de aço desta ponte centenária.

Por segurança (e para gáudio de todos os que viajam no comboio), o atravessamento do viaduto de Gokteik é feito a uma velocidade muito reduzida. Todos se debruçam pela janela para ver esta obra da engenharia em todo o seu esplendor.

No entanto, uns têm mais sorte que outros – porque viajam no lado certo do comboio (veja as dicas abaixo sobre como comprar os bilhetes do comboio entre Mandalay e Hsipaw ou vice-versa).

Novos desencontros com taxistas de Mandalay

Muitos turistas saem do comboio em Pyin Oo Lwin, onde o comboio efectua uma paragem, no percurso entre Hsipaw e Mandalay. Depois de ponderar, sigo-lhes as pisadas e tento conseguir um lugar num táxi. De Pyin Oo Lwin para Mandalay, o percurso é demasiado lento, feito de noite, portanto sem grande interesse. E iria poupar cerca de duas horas de viagem.

Fui avisado, em Hsipaw, que não deveria pagar mais que 4000-5000 kyats pela viagem entre Pio yo lin e Mandalay. Pedem-me 24000 kyats (15€) por um táxi privado ou 6000 kyats (4€) por um táxi partilhado. Digo que sim à segunda opção e regresso ao comboio para ir buscar a bagagem.

Ao voltar à rua, já com a minha bagagem, para reencontrar o taxista com quem discuti o preço minutos antes e este aponta-me o veículo onde iria viajar.

Sem surpresa, trata-se de uma Nissan ad Van de cor amarelada. Surpreendo-me, no entanto, ao ver que todos os lugares estão ocupados e pergunto como vamos sete passageiros num veículo com capacidade para cinco?

Chama dois dos passageiros que estão no interior do veículo, uma mulher e o filho, com cerca de cinco anos. Abre a porta da bagageira e indica-lhes os novos lugares (a bagageira), enquanto eu iria sentar-me no banco de trás do carro. Indignado com este abuso – favorecer turistas em detrimento de locais – rejeito sem hesitação e regresso, com a minha bagagem, ao comboio em direcção a Mandalay.

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A paragem do comboio é superior a 40 minutos e permite-me todas estas manobras, todos estes avanços e recuos. Os meus companheiros birmaneses de viagem sorriem ao ver-me voltar com toda a bagagem. Nunca irão perceber o que se passou, ou talvez suspeitem.

Apraz-me pensar que teriam apreciado a minha atitude ante um conluio de taxistas que tenta sugar todos os cêntimos – independentemente da sua origem. Logo após a minha chegada a Yangon alertaram-me para a (má) fama dos taxistas de Mandalay. Posso garantir que fazem jus a essa fama.

Os restantes turistas que seguem comigo no comboio fecham as janelas assim que o sol se põe. Somente os viajantes locais as mantêm abertas, embora todos estejam vestidos com grossos casacos de malha e gorros na cabeça.

Aqui, nos comboios, tal como nos autocarros parece norma convidar o frio a entrar ou ligar o ar condicionado em temperaturas pré-siberianas.

Esperam-me mais cinco de horas de viagem, durante a noite, a um ritmo ainda mais lento. Sem taxistas por perto, sigo feliz e de consciência tranquila.

Nota: Utilizo, de forma intencional, ambas as designações Birmânia e Myanmar para me referir ao país asiático. Myanmar é o nome oficial do país, mas o nome foi introduzido de forma unilateral – sem consulta ao povo birmanês – pela ditadura militar, e ainda é rejeitado por uma grande parte da população. Aproveite para espreitar o meu roteiro de viagem a Myanmar.

Informação extra

Tudo o que precisa saber para a viagem de comboio entre Mandalay e Hsipaw ou vice-versa

Quanto custa e onde comprar o bilhete?

Custa muito pouco. Existem duas classes em que pode viajar: Upper Class e Ordinary. Basicamente, a única diferença é o tipo de assento. Em classe superior viaja num assento almofadado (velho e gasto pelo tempo), enquanto em classe Ordinary o assento é de madeira, o que pode ser incómodo para viajar durante 11 ou mais horas.

O bilhete de comboio entre Mandalay e Hsipaw (e vice-versa) custa 3950 kyats (2,50€), em Upper Class, e 1700 kyats (1,7€), em classe Ordinary.

Se desejar viajar apenas de Mandalay até Pyin Oo Lwin para atravessar o viaduto de Gokteik o bilhete custa entre 35 e 75 cêntimos – mas recomendo que vá até Hsipaw, porque as paisagens e a experiência são fantásticas.

O bilhete pode ser comprado apenas na estação central de Mandalay, para partidas desta cidade. Se necessitar do bilhete para um dia específico, antes de chegar a Myanmar, é aconselhável contactar o seu hotel ou uma agência de viagens local.

Qual é o melhor lugar no comboio para fotografar o viaduto de Gokteik?

Se viajar entre Mandalay e Hsipaw, certifique-se que solicita o bilhete para viajar no lado esquerdo do comboio. Desta forma, poderá ver o viaduto em todo o esplendor e até antes de lá chegar. Se viajar no sentido inverso, entre Hsipaw e Mandalay, peça um lugar para o lado direito do comboio.

A viagem com partida de Mandalay poderá ser mais interessante e melhor para fotografar, pois a passagem pelo viaduto ocorre por volta das 11h00, enquanto no sentido inverso atravessa Gokteik depois das 13h00.

Quanto tempo demora a viagem

O comboio parte da estação central de Mandalay às 4h00 e chega a Hsipaw por volta das 15h00, ou seja, 11 horas de viagem. No sentido inverso, o comboio parte de Lashio às 5h00, passando por Hsipaw às 9h25 e chegando a Mandalay às 22h40.

Os horários estão sujeitos a mudança, mas pode consultar The Man in Seat 61, onde os horários estão normalmente actualizados.

O que preciso levar?

Acredito que se vai fazer este percurso irá levar toda a sua bagagem. Leve água, óculos de sol, uma camisola ou casaco, alguns snacks. O comboio pára por diversas vezes e existem sempre vendedores a entrar e sair do comboio para vender comida.

Existe casa de banho a bordo, mas não tem papel higiénico e, como muitas em Myanmar, não é propriamente convidativa. Claro que vai querer levar máquina fotográfica e as baterias carregadas.

Visto para a Birmânia

Ao contrário de anteriormente, pode solicitar o visto para a Birmânia online e deverá estar pronto no prazo três dias úteis. O visto é válido por três meses e pode permanecer no país por um período máximo de 28 dias. O custo para o visto de Myanmar é de 50 dólares (2018).

Segurança em Myanmar

Myanmar é um país seguro e a população é muito simpática. Apesar de Yangon ser uma cidade calma e segura, por vezes existem atentados em Yangon. Veja informação actualizada sobre a segurança em Myanmar. Em Mandalay, o principal perigo é o ruído e a poluição, já que o trânsito é caótico.

Como chegar a Mandalay

Não existem voos directos de Portugal para Myanmar. De Lisboa, pode voar para a Birmânia com a Emirates por cerca de 700€. Outra opção é voar de Lisboa para Banguecoque e daí apanhar um voo low cost para Mandalay. Note que voar para Yangon é bem mais barato do que voar para Mandalay.

Simule para ambas as cidades principais de Myanmar e veja também o custo de voos internos entre Yangon e Mandalay. Utilize o Skyscanner para comparar as diversas opções e preços.

Eu voei a partir de Londres, com a Qatar Airways e recomendo este percurso, já que a viagem é repartida de forma equilibrada, com paragem em Doha, no Qatar. De Londres existem também soluções mais económicas com a Air China (500€), embora envolvendo voos bem mais longos.

Hotel em Mandalay

Durante a minha estadia em Mandalay fiquei alojado no Hotel 8. Recomendo o hotel, sobretudo pelo staff, sempre atento e pronto a ajudar em tudo. Desde sugerir restaurantes a marcar bilhetes de autocarro.

O hotel é confortável – embora alguns quartos sejam melhores que outros – e fica perto da estação de comboios.

Se ficar hospedado no último piso irá ter uma vista melhor, mas ficará mais perto da sala de refeições, o que pode ser um inconveniente se quiser dormir até mais tarde. O pequeno-almoço está incluído e é aceitável. Pode também procurar outros hotéis para ficar em Mandalay através do Booking.com.

Onde ficar alojado em Hsipaw

Em Hsipaw, não hesite e escolha o Tai House Resort para ficar alojado. A localização é boa, o staff é muito simpático, a comida é excelente e o super pequeno-almoço é, provavelmente, dos melhores que comi em muitos anos de viagem.

Durante a minha estadia encontrei por lá outro casal de portugueses e concordámos em relação à qualidade deste hotel. O único senão, para algumas pessoas, é que não existe televisão em alguns quartos.

Outros hotéis em Hsipaw

  1. Hotel Lily The Home
  2. Golden Guest Hotel

Pesquisar hotel em Hsipaw

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2 comentários

  1. Miguel diz

    11/07/2018 em 10:19

    Que fantástica viagem! Na Ásia ainda só estive na Tailândia, mas fiquei um bocado desiludido porque todos os lugares tinham gente a mais. Achou o país seguro para viajar sozinho?

    Responder
    • Jorge Duarte Estevão diz

      11/07/2018 em 10:33

      Olá Miguel. Myanmar, é muito tranquilo. As pessoas são muito simpáticas e sempre dispostas a tirar fotos 🙂 Há algumas áreas do país, que não são muito seguras, mas também não é ainda permitido viajar para essas zonas. Eu já estou a pensar regressar!

      Responder

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Jorge Duarte Estevão

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Gosto que me tratem por “tu”. Sou feito de horizontes largos, com raízes no sul e a cabeça sempre pronta a partir. Já viajei durante meses seguidos, quase sempre com mais curiosidade do que planos.

Estive em desertos, florestas tropicais, ilhas perdidas e cidades que nunca dormem.

Já contei 60 países, mas nunca os vejo como uma lista — são histórias. Escrevo como quem caminha: devagar, com atenção, e sempre à procura do detalhe.

Sou viajante por instinto e contador de histórias por teimosia.

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