O percurso de comboio entre Mandalay e Hsipaw, através do viaduto de Gokteik, é longo. A paisagem de Myanmar é bonita, as pessoas são interessantes, o ambiente é relaxado. Em resumo, a viagem é fantástica. Pior é atingir o destino de autocarro. Pior, muito pior, é chegar num táxi partilhado.
Esta viagem de comboio é romantizada devido às típicas paisagens asiáticas, ao charme dos seus habitantes e do próprio meio de transporte, mas muitos turistas fazem-no com um único objectivo: atravessar o viaduto de Gokteik.
Embora as carruagens sigam para Lashio, muitos, como eu, optam por ficar alojados na simpática cidade de Hsipaw – a excepção são aqueles que terminaram o percurso logo após o atravessamento do viaduto centenário.
Enquanto um casal casal de jovens birmaneses espreita os últimos posts no Facebook, uma turista ocidental investiga, na Wikipédia, os dados sobre o viaduto de Gokteik.
Ao lado, uma família birmanesa inaugura a marmita que lhe vai permitir sobreviver a estas 11 horas de comboio. Composta por uma série de recipientes metálicos, agrupados em pirâmide, a marmita organiza as refeições de forma lógica: em cima o frango de caril, na segunda prateleira, o arroz branco e, finalmente, no último “piso”, os vegetais.
Pais e avós riem à gargalhada com histórias nas redes sociais. Até há pouco tempo os birmaneses estavam bloqueados à informação do exterior, mas agora até as gerações mais velhas são atraídas pelas tecnologias.
Estes são sinais de uma revolução tecnológica a que até Myanmar, com todas as restrições impostas pelo regime militar, não ficou alheia.
A desesperar para chegar a Gokteik
Máquinas transformam cereais em fardos perfeitos, o rosto dos camponeses roça os arrozais, mas ergue-se para sorrir e acenar à passagem desta máquina de metal barulhenta.
Às portas das frágeis habitações de madeira e zinco, colados à via férrea, outros cidadãos birmaneses repousam em bancos de madeira à sombra. Para alguns destes, a dupla passagem diária do comboio é o momento alto do dia e para outros, a interrupção da serenidade plena.
Chego a Hsipaw com um dia de atraso. Uma súbita indisposição impede-me de partir de Mandalay no dia previsto, embora já tivesse bilhete de comboio válido. Desloco-me, pela segunda vez, à estação central de Mandalay para trocar o bilhete para o dia seguinte.
Na cabine 8 – a única onde se adquirem os bilhetes para este percurso entre Mandalay e Hsipaw em Upper Class – um grupo de turistas asiáticas também procura imitar-me. Dirijo-me ao funcionário, mas sou de imediato confrontado com uma redonda, mas cordial resposta:
– Não é possível fazer alterações.
Tudo bem, penso para mim próprio.
– Então gostaria de comprar um novo bilhete para amanhã.
– O comboio está esgotado para amanhã.
Respiro fundo e tento encontrar solução. Havia feito a minha pesquisa e sabia que alguns autocarros partiriam ao raiar do dia, pelo que esta seria a forma alternativa de chegar a Hsipaw. Depois viajaria para Mandalay de comboio. Enquanto equaciono as opções, vejo mais turistas a inquirir o funcionário da estação e também a voltar para trás.
Antes de comprar o bilhete de autocarro necessito da garantia que existem lugares vagos no comboio de regresso. Espero mais uns minutos até aquele grupo de turistas resolver os seus próprios dilemas e inquiro de novo o funcionário. Pausadamente, este coloca os óculos no balcão, bebe um copo de água, rabisca qualquer coisa num papel e só depois me dá atenção:
– Queria comprar um bilhete de Hsipaw para Mandalay para a próxima terça-feira – explico-lhe.
– Lamento, mas não é possível comprar esse bilhete aqui, apenas na estação de origem – na estação de Hsipaw.
Pensei que esta impossibilidade seria causada pela ineficiência ou falta de vontade daquele funcionário mas, mais tarde explicar-me-iam que é assim que funciona a compra de bilhetes em Myanmar. E, mesmo, para comprar o bilhete de Hsipaw para Mandalay não seria possível fazê-lo com antecedência.
Um funcionário do hotel em que ficaria alojado em Hsipaw ajudar-me-ia, ao deslocar-se à estação de comboios para me comprar o bilhete, enquanto eu tomava o pequeno-almoço.
(Quase) sem alternativas para chegar a Gokteik
No entanto, naquele momento, ainda na estação de Mandalay, estou sem alternativas. Se seguisse de autocarro para Hsipaw, corria o risco do comboio de regresso estar esgotado e a minha viagem seria totalmente em vão.
Sem hotel reservado para mais dias em Mandalay e já com hotel reservado e pago em Hsipaw, arrisco uma alternativa.
Desloco-me para o Hotel 8, onde me encontrava hospedado, em busca de auxílio dos seus simpáticos funcionários. Explicam-me que existem três opções quando alguém não pode (o meu caso) ou não quer ir de comboio – duvido que alguém resista a fazer esta fantástica viagem de comboio entre Mandalay e Hsipaw ou vice-versa.
Das três opções, os autocarros regulares estão esgotados, os mini-bus estão esgotados. Sobra o táxi partilhado. Depois de vários telefonemas, numa língua que desconheço, chega enfim a luz verde: vou conseguir chegar a Hsipaw e a Gokteik.
É-me dada a opção entre o lugar do pendura, por 17000 kyats (10€) ou 15000 (9€), no banco traseiro. Opto pela primeira opção.
Táxi em ritmo alucinogénico
O taxista chega com 30 minutos de atraso em relação ao combinado. A viagem, com duração prevista de cinco horas, aumenta a cada minuto de atraso. Ainda é necessário recolher os outros passageiros, mas o problema é que parece não haver ainda outros passageiros.
Espero (e desespero), já no escritório da empresa de táxis, enquanto três homens, incluindo o meu suposto taxista, passam minutos ao telefone a tentar encontrar mais passageiros.
Finalmente, 70 minutos depois do combinado, saímos de Mandalay em direcção a Hsipaw: quatro passageiros e o condutor numa Nissan ad Van, um carro muito comum (e pouco confortável) nas estradas de Myanmar.
Ainda antes de concluída a primeira hora de viagem, surge uma paragem súbita, sem anúncio, para reabastecimento. Não para reabastecer de combustível ou tomar o pequeno-almoço. Eu chamo-lhe uma “paragem técnica”. Objectivo: comprar folhas de bétel – uma planta agora muito popular que se mastiga um pouco por toda a Ásia, sobretudo em Myanmar.
A planta funciona, aparentemente, como estimulante, como o chá ou café. Todavia, o excesso pode provocar cancro oral e grande parte da população birmanesa ostenta uma degradante saúde oral – dentes avermelhados e apodrecidos do constante mascar das folhas de bétel.
Homens e mulheres, jovens e velhos consomem-nas com uma incrível frequência. A forma de consumo é simples: mastiga-se e depois cospe-se o líquido acastanhado que advém desse processo. Sou assim exposto a quase seis horas de contínua mastigação e expelição – ora para uma garrafa de plástico, ora pela janela.
Por cada folha mascada pelo taxista a viagem reduz-se em um ou dois minutos – já que este coloca com vigor o pé no acelerador – mas ganho cabelos brancos em igual medida, dado o seu estado de condução estimulado.
O meu novo amigo Richard
O dia ainda mal vai a meio e pareço querer adormecer, mas sou acordado pelo ruído e excitação. Sabia que ainda estávamos longe do viaduto, portanto, desconhecia o que se passava.
Eram vendedores a chamar os clientes para almoço numa paragem intermédia desta longa viagem entre Hsipaw e Mandalay.
Vejo o maquinista e toda a sua equipa a deslocar-se para um pequeno restaurante à beira da ferrovia e percebo que vamos ficar por ali algum tempo. É uma espécie de paragem da Rede Expressos, em Portugal, na Mimosa, a caminho do Alentejo ou do Algarve.
Aproveito também para explorar a estação e ver de perto o comboio onde viajo. Enquanto fotografo, sou abordado por um homem com uniforme dos comboios de Myanmar.
Por momentos pensei que já estava em apuros, mas é falso alarme. Richard, de 56 anos, queria apenas saber o meu interesse pelo comboio e o que andava um viajante português a fazer por aqueles lugares mais remotos da antiga Birmânia.
Num inglês esforçado, diz-me com orgulho que aprendeu a falar a língua anglo-saxónica na universidade. Mesmo sem articular frases completas, o seu nível de inglês é perceptível. Conta-me que todos os dias inspecciona o comboio antes deste partir, para garantir a segurança.
Richard, tal como muitos birmaneses, queixa-se do parco salário que não permite luxos – como comprar carne. As refeições são, na maioria, à base de vegetais e arroz. Duas filhas, ambas já crescidas, vivem na Arábia Saudita e dão uma ajuda. O emprego em Myanmar é escasso e mal pago.
– Vi que estavas a fotografar as solipas que utilizamos para a construção dos caminhos de ferro.
– Sim, é verdade. De onde vêm? – pergunto-lhe
– Retiramos esta madeira a partir de árvores da nossa floresta aqui em Myanmar. As árvores são fortes e perfeitas para este tipo de utilização.
A desflorestação é um problema que está a afectar Myanmar, não pela madeira retirada para os caminhos de ferro, mas pela destruição de zonas verdes que dão lugar a áreas de cultivo.
Enquanto falamos, vejo passar um homem de forte envergadura, vestido de azul. É o maquinista que, depois de ter terminado a sua refeição, está pronto para regressar ao posto de comando. Locais e turistas apressam-se a comprar os últimos snacks ou refeições já prontas numa espécie de messe improvisada – a dois metros da linha férrea.
Numa fila paralela de vendedores, três mulheres vendem vegetais, fruta, pernas de frango já confeccionadas.
O aroma é apetitoso, mas ainda é cedo para o estômago português – almoçar antes do meio-dia não é conveniente para mim. Além disso, o super pequeno-almoço de Hsipaw ainda está longe de ter sido digerido, pelo que adio por mais uma hora ou duas a refeição principal.
Despeço-me de Richard e regresso ao comboio, caminhando de carruagem em carruagem. Batatas fritas caseiras, cerveja e refrigerantes já circulam de mão em mão. E uma iguaria – ovos de codorniz cozidos – servida, como quase tudo em Myanmar, em pequenos sacos de plástico.
Viaduto de Gokteik – impróprio para quem sofre de vertigens
O viaduto construído pelos ingleses em 1900 continua activo e é agora uma atracção turística para os ocidentais, mas incontornável meio de circulação para os locais.
Esta herança do colonialismo britânico foi um feito da engenharia na sua época e continua a sê-lo. A ponte de entrelaçados de metal situa-se a cerca de 100 km de Mandalay, entre Pyin Oo Lwin e Lashio e é a mais alta de Myanmar.
Com uma altura de 100 metros e comprimento de quase 700 metros, o viaduto de Gokteik assusta até visto de longe.
O governo de Myanmar, entretanto, anunciou que pretende construir um novo viaduto, paralelo ao viaduto de Gokteik, em Gokwin, estimando o custo em 120 milhões de dólares. Uma necessidade, diria eu, depois de ter viajado de carro pelas intermináveis curvas entre Mandalay e Hsipaw.
Incautos turistas tinham como passatempo sair do comboio e caminhar pelo viaduto, tirando selfies ou apenas espreitando para a ravina – muitos, alegadamente, já depois de terem bebido bastante, o que forçou as autoridades birmanesas a proibir o uso do viaduto por peões.
A paragem após o viaduto de Gokteik é breve, mas a excitação e o “bruaá” começa mais de cinco minutos antes quando, no sentido Hsipaw – Mandalay, começam a avistar-se as primeiras colunas da estrutura de aço desta ponte centenária.
Por segurança (e para gáudio de todos os que viajam no comboio), o atravessamento do viaduto de Gokteik é feito a uma velocidade muito reduzida. Todos se debruçam pela janela para ver esta obra da engenharia em todo o seu esplendor.
No entanto, uns têm mais sorte que outros – porque viajam no lado certo do comboio (veja as dicas abaixo sobre como comprar os bilhetes do comboio entre Mandalay e Hsipaw ou vice-versa).
Novos desencontros com taxistas de Mandalay
Muitos turistas saem do comboio em Pyin Oo Lwin, onde o comboio efectua uma paragem, no percurso entre Hsipaw e Mandalay. Depois de ponderar, sigo-lhes as pisadas e tento conseguir um lugar num táxi. De Pyin Oo Lwin para Mandalay, o percurso é demasiado lento, feito de noite, portanto sem grande interesse. E iria poupar cerca de duas horas de viagem.
Fui avisado, em Hsipaw, que não deveria pagar mais que 4000-5000 kyats pela viagem entre Pio yo lin e Mandalay. Pedem-me 24000 kyats (15€) por um táxi privado ou 6000 kyats (4€) por um táxi partilhado. Digo que sim à segunda opção e regresso ao comboio para ir buscar a bagagem.
Ao voltar à rua, já com a minha bagagem, para reencontrar o taxista com quem discuti o preço minutos antes e este aponta-me o veículo onde iria viajar.
Sem surpresa, trata-se de uma Nissan ad Van de cor amarelada. Surpreendo-me, no entanto, ao ver que todos os lugares estão ocupados e pergunto como vamos sete passageiros num veículo com capacidade para cinco?
Chama dois dos passageiros que estão no interior do veículo, uma mulher e o filho, com cerca de cinco anos. Abre a porta da bagageira e indica-lhes os novos lugares (a bagageira), enquanto eu iria sentar-me no banco de trás do carro. Indignado com este abuso – favorecer turistas em detrimento de locais – rejeito sem hesitação e regresso, com a minha bagagem, ao comboio em direcção a Mandalay.
A paragem do comboio é superior a 40 minutos e permite-me todas estas manobras, todos estes avanços e recuos. Os meus companheiros birmaneses de viagem sorriem ao ver-me voltar com toda a bagagem. Nunca irão perceber o que se passou, ou talvez suspeitem.
Apraz-me pensar que teriam apreciado a minha atitude ante um conluio de taxistas que tenta sugar todos os cêntimos – independentemente da sua origem. Logo após a minha chegada a Yangon alertaram-me para a (má) fama dos taxistas de Mandalay. Posso garantir que fazem jus a essa fama.
Os restantes turistas que seguem comigo no comboio fecham as janelas assim que o sol se põe. Somente os viajantes locais as mantêm abertas, embora todos estejam vestidos com grossos casacos de malha e gorros na cabeça.
Aqui, nos comboios, tal como nos autocarros parece norma convidar o frio a entrar ou ligar o ar condicionado em temperaturas pré-siberianas.
Esperam-me mais cinco de horas de viagem, durante a noite, a um ritmo ainda mais lento. Sem taxistas por perto, sigo feliz e de consciência tranquila.
Nota: Utilizo, de forma intencional, ambas as designações Birmânia e Myanmar para me referir ao país asiático. Myanmar é o nome oficial do país, mas o nome foi introduzido de forma unilateral – sem consulta ao povo birmanês – pela ditadura militar, e ainda é rejeitado por uma grande parte da população.
Informação extra
Tudo o que precisa saber para a viagem de comboio entre Mandalay e Hsipaw ou vice-versa
Quanto custa e onde comprar o bilhete?
Custa muito pouco. Existem duas classes em que pode viajar: Upper Class e Ordinary. Basicamente, a única diferença é o tipo de assento. Em classe superior viaja num assento almofadado (velho e gasto pelo tempo), enquanto em classe Ordinary o assento é de madeira, o que pode ser incómodo para viajar durante 11 ou mais horas.
O bilhete de comboio entre Mandalay e Hsipaw (e vice-versa) custa 3950 kyats (2,50€), em Upper Class, e 1700 kyats (1,7€), em classe Ordinary.
Se desejar viajar apenas de Mandalay até Pyin Oo Lwin para atravessar o viaduto de Gokteik o bilhete custa entre 35 e 75 cêntimos – mas recomendo que vá até Hsipaw, porque as paisagens e a experiência são fantásticas.
O bilhete pode ser comprado apenas na estação central de Mandalay, para partidas desta cidade. Se necessitar do bilhete para um dia específico, antes de chegar a Myanmar, é aconselhável contactar o seu hotel ou uma agência de viagens local.
Qual é o melhor lugar no comboio para fotografar o viaduto de Gokteik?
Se viajar entre Mandalay e Hsipaw, certifique-se que solicita o bilhete para viajar no lado esquerdo do comboio. Desta forma, poderá ver o viaduto em todo o esplendor e até antes de lá chegar. Se viajar no sentido inverso, entre Hsipaw e Mandalay, peça um lugar para o lado direito do comboio.
A viagem com partida de Mandalay poderá ser mais interessante e melhor para fotografar, pois a passagem pelo viaduto ocorre por volta das 11h00, enquanto no sentido inverso atravessa Gokteik depois das 13h00.
Quanto tempo demora a viagem
O comboio parte da estação central de Mandalay às 4h00 e chega a Hsipaw por volta das 15h00, ou seja, 11 horas de viagem. No sentido inverso, o comboio parte de Lashio às 5h00, passando por Hsipaw às 9h25 e chegando a Mandalay às 22h40.
Os horários estão sujeitos a mudança, mas pode consultar The Man in Seat 61, onde os horários estão normalmente actualizados.
O que preciso levar?
Acredito que se vai fazer este percurso irá levar toda a sua bagagem. Leve água, óculos de sol, uma camisola ou casaco, alguns snacks. O comboio pára por diversas vezes e existem sempre vendedores a entrar e sair do comboio para vender comida.
Existe casa de banho a bordo, mas não tem papel higiénico e, como muitas em Myanmar, não é propriamente convidativa. Claro que vai querer levar máquina fotográfica e as baterias carregadas.
Visto para a Birmânia
Ao contrário de anteriormente, pode solicitar o visto para a Birmânia online e deverá estar pronto no prazo três dias úteis. O visto é válido por três meses e pode permanecer no país por um período máximo de 28 dias. O custo para o visto de Myanmar é de 50 dólares (2018).
Segurança em Myanmar
Myanmar é um país seguro e a população é muito simpática. Apesar de Yangon ser uma cidade calma e segura, por vezes existem atentados em Yangon. Veja informação actualizada sobre a segurança em Myanmar. Em Mandalay, o principal perigo é o ruído e a poluição, já que o trânsito é caótico.
Como chegar a Mandalay
Não existem voos directos de Portugal para Myanmar. De Lisboa, pode voar para a Birmânia com a Emirates por cerca de 700€. Outra opção é voar de Lisboa para Banguecoque e daí apanhar um voo low cost para Mandalay. Note que voar para Yangon é bem mais barato do que voar para Mandalay.
Simule para ambas as cidades principais de Myanmar e veja também o custo de voos internos entre Yangon e Mandalay. Utilize o Skyscanner para comparar as diversas opções e preços.
Eu voei a partir de Londres, com a Qatar Airways e recomendo este percurso, já que a viagem é repartida de forma equilibrada, com paragem em Doha, no Qatar. De Londres existem também soluções mais económicas com a Air China (500€), embora envolvendo voos bem mais longos.
Hotel em Mandalay
Durante a minha estadia em Mandalay fiquei alojado no Hotel 8. Recomendo o hotel, sobretudo pelo staff, sempre atento e pronto a ajudar em tudo. Desde sugerir restaurantes a marcar bilhetes de autocarro.
O hotel é confortável – embora alguns quartos sejam melhores que outros – e fica perto da estação de comboios.
Se ficar hospedado no último piso irá ter uma vista melhor, mas ficará mais perto da sala de refeições, o que pode ser um inconveniente se quiser dormir até mais tarde. O pequeno-almoço está incluído e é aceitável. Pode também procurar outros hotéis para ficar em Mandalay através do Booking.com.
Onde ficar alojado em Hsipaw
Em Hsipaw, não hesite e escolha o Tai House Resort para ficar alojado. A localização é boa, o staff é muito simpático, a comida é excelente e o super pequeno-almoço é, provavelmente, dos melhores que comi em muitos anos de viagem.
Durante a minha estadia encontrei por lá outro casal de portugueses e concordámos em relação à qualidade deste hotel. O único senão, para algumas pessoas, é que não existe televisão em alguns quartos.
Outros hotéis em Hsipaw
Seguro de viagem
Nunca viaje sem seguro de viagem. Recomendo a IATI Seguros ou a Heymondo (ao usar qualquer um destes links tem 5% de desconto). São os melhores seguros de viagem (e os mais baratos) e têm protecção Covid-19.
Sempre que quiser marcar um voo, um hotel ou comprar seguro de viagem, use as plataformas que eu recomendo e confio. Só tem de clicar nos links abaixo antes de pesquisar as suas viagens.
Não paga mais por usar estes links.
- Hotel em Hsipaw ao melhor preço
- Seguro de viagem na IATI ou na Heymondo (5% de desconto com este link)
- Voos mais baratos para a próxima viagem
- Carro alugado com tarifas reduzidas
- Cartão bancário sem comissões para viajar
- Workshops de fotografia — aprenda a fotografar comigo
- Viagens de aventura — venha viajar comigo
Nota: Este artigo pode conter links afiliados, mas não paga mais por usar qualquer link (e até pode poupar). Garantido!
Organizo e lidero viagens em grupo para destinos que conheço bem. E só faço viagens com pequenos grupos (máximo de 12 pessoas).
Já estive em 60 países, por isso se tiver uma viagem em mente com um grupo de amigos, familiares ou colegas de trabalho, contacte-me e terei todo o prazer em planear, organizar e liderar a viagem que deseja. O roteiro poderá ser desenhado à medida, assim como o orçamento e actividades.
- Veja o calendário das viagens e inscreva-se ou diga-me para onde quer viajar em grupo e eu trato de tudo.
Miguel diz
Que fantástica viagem! Na Ásia ainda só estive na Tailândia, mas fiquei um bocado desiludido porque todos os lugares tinham gente a mais. Achou o país seguro para viajar sozinho?
Jorge Duarte Estevão diz
Olá Miguel. Myanmar, é muito tranquilo. As pessoas são muito simpáticas e sempre dispostas a tirar fotos 🙂 Há algumas áreas do país, que não são muito seguras, mas também não é ainda permitido viajar para essas zonas. Eu já estou a pensar regressar!