No Lago Bohinj, volto a trocar as voltas com o meu telemóvel – depois do que me sucedeu na Malásia, onde precisei de vários dias, inúmeros emails e telefonemas para o outro lado do mundo para reaver este objecto que, nas sociedades actuais, é indispensável.
Enquanto espero que o autocarro onde perdi o telemóvel viaje até ao Lago Bled e volte (ao cabo de algumas horas), aproveito para explorar a floresta em redor de um outro lago – o Lago Bohinj.
As águas paradas reflectem, de modo imaculado, as altas montanhas do Parque Nacional Triglav. Os picos ainda cobertos de branco, delimitam a área circundante e mal cabem na imagem reflectida no Lago Bohinj.
Subo, bosque acima em busca de um ponto de vista privilegiado do maior lago da Eslovénia. Caminho pela floresta, em quase silêncio total, com excepção dos motores de máquinas e motosserras que desbastam uma parte da verde floresta.
Não as vejo, mas oiço-as com estrondo enquanto os seus dentes mastigam os largos troncos da zona arborizada. Não podia haver maior contradição: encontrar esta actividade no pulmão verde de uma estupenda zona natural muitas vezes comparada com a Suíça – pelas referências dos lagos, montanhas, florestas e clima.
No topo deste miradouro escondido num rochedo, esta pequena povoação vive — em grande medida — da visita dos turistas. Porém, a construção das casas não choca com a nitidez das águas do lago, a pureza da floresta e a magnitude das montanhas. Pelo contrário, surge como complemento.
Quase na hora de seguir caminho na minha travessia De Portugal a Macau, não quero deixar, jamais, para trás a beleza natural desta região eslovena. Deito-me, na relva, junto ao lago e contemplo este cenário de beleza intrínseca.
Já o fotografei, como muitos pintores o terão replicado nas suas telas, da incerteza da Primavera à rigidez do Inverno. Deito-me à beira do lago e sou, novamente, acordado deste cenário que me parece, ainda, uma ilusão, uma utopia, um desejo mais do que uma realidade.
Não cedo à tentação de adormecer, pois quero registar todos os detalhes, de cada casa, de cada pedaço de montanha. Até ao último segundo, com a promessa de regressar.
De Portugal a Macau – crónica #3
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