Sair de viagem, optar por duas semanas de desintoxicação digital, deixar o telemóvel desligado, esquecer os posts no Facebook e Instagram e ignorar a televisão. Viajar e ficar offline. Será possível?
Cada vez mais viajantes optam por não activar o roaming ou dispensam a palavra-passe da rede wi-fi do aeroporto e até optam por hotéis com reduzida ou inexistente oferta digital.
O fenómeno do vício digital é tal que, nos Estados Unidos foram criadas clínicas de desintoxicação, como a Paradigm, nos arredores de São Francisco, onde a cura pode custar mais de 1300 Euros por dia.
É indiscutível que, no mundo actual é, quase impossível, estar offline. Deixar o telemóvel em casa, desligar a televisão ou o computador (e completamente a Internet) são pensamentos que nem passam pela cabeça de muita gente.
E, claro, em viagem muitos são aqueles que não resistem a partilhar, nas redes sociais, todos os momentos. Seja através de uma selfie, uma fotografia do almoço ou jantar num qualquer restaurante, mais ou menos atractivo, do outro lado do mundo.
Todos somos (ou já fomos) vítimas (ou culpados) de uma destas situações. Eu sou um completo adepto desta desintoxicação digital.
Na maioria dos casos opto por transportar um livro e revistas, ignoro as notícias, desligo a internet e, muitas vezes, nem necessito de fazer nada, pois estou a viajar por zonas remotas onde não existe acesso a redes de dados e, até, de telemóvel.
Se nunca experimentou desligar-se, desafio-o a tentar, pelo menos uma vez, e por certo irá ficar fã desta desintoxicação digital.
Hotéis em todo o mundo apostam na desintoxicação digital
Em Portugal, o conceito começa a ganhar adeptos, como prova o projecto Offline Portugal – conceito criado por uma arquitecta e uma psicóloga em Aljezur, no Algarve.
Em todo o mundo cresce o número de hotéis que atraem clientes desejosos de se desligar da louca correria do dia-a-dia e da constante ligação à Internet. Unidades hoteleiras de Espanha aos Estados Unidos, do Malawi ao Equador, da Tailândia à Austrália já optaram por fomentar a desintoxicação digital.
Aliás, até já existe um site com alguns dos hotéis que, em todo o planeta, promovem este detox informativo. Desde pequenas unidades em zonas remotas da Roménia, até hotéis de luxo no coração de Dublin, existem opções para todos os gostos.
Muitos dos hotéis convidam os participantes – nesta luta contra o vício da constante ligação – a deixar os aparelhos electrónicos num cofre, recebendo em troca um “kit de sobrevivência para desintoxicação digital”. O kit inclui, por exemplo, jogos de tabuleiro, mapa de caminhadas e instruções para plantação de árvores.
Outros hotéis, como o Renaissance Pittsburgh, nos Estados Unidos, vão mesmo mais longe e obrigam os clientes a entregar todos os dispositivos electrónicos durante o check-in, removendo todos os carregadores e aparelhos de televisão dos quartos, oferecendo, em troca, jogos de tabuleiro e cartas.
O hotel do grupo Marriot dispõe, por exemplo, de um pacote de desintoxicação digital familiar em que estimula o contacto e convívio entre os membros das famílias.
Se o preocupa estar sem contactar com a família, pode, por exemplo, estabelecer regras como apenas ligar o telemóvel uma vez por dia para verificar se tem alguma mensagem importante.
Ou, pode (e deve?), por uma questão de segurança, partilhar o itinerário com um membro da sua família ou um amigo. Em caso de emergência, estes saberão como contactá-lo.
Se após ter lido ler este texto decidir que não deve (ou não quer) desligar-se, mesmo no aeroporto, consulte um artigo que explica como aceder de forma gratuita a redes Wi-fi nos principais aeroportos do mundo.
10 hotéis para a desintoxicação digital perfeita. Desligue-se da internet e do mundo
- Offline House – Portugal
- Montagne Alternative – Suíça
- Renaissance Pittsburgh – Estados Unidos
- Mount Engadine Lodge – Canadá
- Blancaneaux Lodge – Belize
- Cabañas Punta Placer – México
- Inkaterra Reserva Amazonica – Peru
- Lisu Lodge – Tailândia
- Bird Island Lodge Seychelles – Seychelles
- Lizard Island Resort – Austrália
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