Pequim foi uma grande surpresa para mim ao viajar pela China. A capital chinesa é o centro político, económico e cultural e apresenta um caldeirão de cultura, modernismo e locais antigos. Esta é, normalmente, a porta de entrada para quem viaja para a China e a verdade é que há bastante para visitar em Pequim.
Existem poucas cidades no mundo que oferecem tanto quanto Pequim. A capital chinesa tem uma história com milhares de anos e está repleta de marcos importantes, como a Cidade Proibida, o Palácio de Verão e, claro, a Grande Muralha da China.
Se quiser mergulhar na história e cultura chinesas, Pequim é o lugar perfeito para o fazer. Garanto-lhe que há inúmeras coisas para fazer em Pequim e não terá tempo ou ocasião para se aborrecer.
Além de ser a capital, é também o lar de algumas das atracções e pontos turísticos mais emblemáticos, tornando-a num local obrigatório. A cidade dispõe de vários locais classificados como Património da UNESCO, como a Cidade Proibida ou Templo do Céu, além de exemplos de arquitectura moderna como o Ninho de Pássaro (o Estádio Olímpico).
Além do passado histórico, Pequim já há muito olhou para o futuro, pois os arranha-céus dominam a paisagem do distrito comercial central da cidade, contrastando com casas dos pátios tradicionais escondidas nos hutong da cidade.
Com tanto para fazer em Pequim, também lhe deixo um conselho em relação ao número de dias que deve visitar a cidade e qual a melhor altura do ano para explorar tudo o que há para visitar em Pequim.
Descubra o que tem de visitar em Pequim – capital da China
Em Pequim, pode visitar – além de incríveis palácios, bonitos jardins – becos e ruelas e apreciar a cultura chinesa no seu esplendor ou provar o mais importante prato da culinária local.
A Grande Muralha da China
Caminhar ao longo da Grande Muralha da China é definitivamente um dos principais destaques ao visitar Pequim. A Grande Muralha da China é…grande, aliás, enorme, medindo mais de 21 mil quilómetros e atravessando zonas áridas, montanhas e planaltos.
Este é um dos marcos da China e, talvez, o que suscita mais interesse do que há para visitar em Pequim. Estima-se que a muralha tenha sido construída no século VII a.C e a mais larga extensão tenha sido efectuada durante a dinastia Ming, já a partir de 1368 (1368-1644). Terá sido construída para proteger a China contra invasões, sobretudo do exército mongol.
A Grande Muralha da China é gigantesca e pode visitá-la em Badaling, a zona próxima de Pequim, mas segundo relatam outros viajantes é, pela proximidade, extremamente popular e pouco interessante.
Quanto mais longe estiver de Pequim, obviamente menos gente terá em seu redor. Eu estive na zona de Mutianyu e recomendo. Se procurar um pouco mais de aventura, há outras secções que pode explorar como Jinshanling, Simatai, Huanghuacheng, Gubeikou ou Gubeikou.
Horário de abertura da Grande Muralha da China
16 de Março a 15 de Novembro: 07h30 – 18h00 ( 2a a 6a), 07h30 – 18h30 (fim-de-semana) | 16 de Novembro a 15 de Março: 8h00 – 17h00
Hutong
Pequim é uma cidade que tenta manter o equilíbrio entre a identidade tradicional e a modernização. Isso nota-se em vários pontos da capital chinesa. Vários bairros históricos (hutong) foram demolidos para dar lugar a arranha-céus e acolher os 22 milhões que ocupam a grande metrópole.
No entanto, vários outros sobreviveram ao avanço das máquinas e por aí pode-se deambular, sem qualquer propósito, além de apreciar a arquitectura e costumes locais. No fundo, visitar um hutong é entrar numa máquina do tempo chinesa.
Nestes becos estreitos pontificam casas e lojas tradicionais com pátios abertos que não são apenas as residências, mas também o centro social da vida de muitos habitantes de Pequim.
Caminhei por estes bairros de dia e de noite e parecia ter entrado, de repente, numa aldeia longe dos prédios altos e da confusão das principais avenidas de Pequim.
Passear pelos hutongs é uma boa maneira de apreciar a beleza da velha Pequim. Existem vários hutongs, como Nanluoguxiang, Yuqun, Wudaoying, Mao’er, Guozijian, Liulichang, Jinyu, Dongjiaomin, Xijiaomin ou Ju’er.
Pode caminhar lentamente pelos hutongs e encontrar os mais idosos a jogar xadrez ou às cartas… de pijama. Uma outra curiosidade é que muitas das habitações não têm casa de banho própria, havendo um espaço comunitário para uso de várias pessoas.
Palácio de Verão
O Palácio de Verão é mais um dos pontos obrigatórios para ver em Pequim e bastante pitoresco no Outono. Foi construído em 1750 para servir como um local para o imperador e a família fugirem ao calor dos meses de Verão e usado como local de descanso e relaxamento da realeza.
O palácio é, afinal de contas, um enorme jardim – com quase 300 hectares. É extremamente interessante devido à forma como está construído, combinando construções artificiais com paisagens naturais. No Palácio de Verão irá encontrar pagodes, jardins e lagos artificiais – um deles enorme.
A obra é mais uma das das várias inscritas na lista de Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, devido à beleza dos seus jardins. Reserve entre duas e três horas para ver o Palácio de Verão, em Pequim.
Recomendo o Palácio de Verão ao pôr-do-sol. Se visitar ao fim-de-semana, este sítio estará cheio de gente, mas as portas encerram mais tarde.
Horário do Palácio de Verão
Abril a Outubro: das 6h30 às 18h00 | Novembro a Março: das 7h00 às 17h00
Praça de Tiananmen
Tiananmen é um nome que já ouvimos por uma outra razão sempre que se fala do que há para visitar em Pequim. Ao longo dos anos, a Praça Tiananmen foi palco de vários eventos e protestos políticos, mas o episódio mais marcante foram os violentos protestos de 1989 onde terão morrido centenas ou milhares de pessoas (o número continua a ser uma incógnita).
Actualmente, a praça é uma das maiores atracções turísticas de Pequim. A gigante praça contém vários monumentos nacionais, como o Grande Salão do Povo, Monumento aos Heróis do Povo, o Museu Nacional da China e o Salão Memorial Mao Zedong.
Quando se trata das principais coisas para fazer em Pequim, um dos primeiros locais a visitar é a Praça Tiananmen. Se quiser acordar cedo, pode ir assistir ao hastear da bandeira, mas tenha atenção que normalmente isso acontece entre as 6h30 e 7h30 – o horário varia em cada mês do ano.
Cidade Proibida
Ao lado da Praça de Tiananmen, está a fantástica Cidade Proibida. Este enorme complexo serviu como residência oficial de vários imperadores e foi também o centro político da China durante vários séculos. A Cidade Proibida tem milhares de quartos, além de uma biblioteca e jardim imperial.
Estima-se que tenha levado mais de 15 anos a ser finalizada e a razão pela qual ganhou o apelido foi porque era necessária permissão especial para entrar. Actualmente, a entrada é permitida e 15 milhões de pessoas visitam-na todos os anos.
Uma visita à Cidade Proibida está, naturalmente, no topo da lista das coisas que pode fazer e ver em Pequim. Pelo menos por umas horas pode sentir-se como um imperador ou imperatriz, embora não seja muito fácil imaginar tal cenário, já que a multidão aqui é avassaladora.
Tente ir cedo para escapar ao vulcão humano que entra em erupção com a chegada dos tours.
Aparentemente existem limites diários no número de bilhetes emitidos, pelo que é prudente comprar o bilhete com antecedência ou marcar um tour. Se quiser comprar o bilhete na hora leve o passaporte consigo, pois é obrigatória a apresentação desse documento.
Horário da Cidade Proibida
Abril a Outubro: 8h30 – 17h00 (última entrada: 16h10) | Novembro a Março: 8h30 – 16h30 (última entrada: 15h40) | Encerra: Segundas-feiras
Templo do Céu – Tiāntán
O Templo do Céu, ou Tiāntán, é um complexo de templos onde os imperadores das dinastias Ming e Qing ofereciam sacrifícios aos céus e oravam por colheitas bem-sucedidas.
Construído sem a utilização de qualquer prego – originalmente no século XIV – e reconstruído séculos mais tarde, é um dos mais belos edifícios da capital da China.
O complexo do Templo do Céu também possui jardins de árvores ciprestes centenárias, estábulos para animais a sacrificar, espaços de oração e o Salão da Abstinência, onde os imperadores se preparavam para as cerimónias.
Acima de tudo, o que mais gostei ao visitar o Templo do Céu foi encontrar dezenas de idosos a jogar às cartas ou xadrez e também a fazerem exercícios vigorosos num parque no exterior do templo. Declarado Património Mundial da UNESCO em 1998, o Templo do Céu, é mais um do pontos essenciais para ver em Pequim.
Horário do Templo do Céu
Todos os dias das 06h00 – 22h00 (última entrada para as atracções principais às 17h30)
Cultura chinesa em parques locais
Não obstante ter admirado bastante todos os locais como a Cidade Proibida, a Grande Muralha da China ou o Palácio de Verão, na verdade o que mais me encantou ver em Pequim, foi a forma como os cidadãos locais anónimos se reúnem em parques e praças para dançar ou fazer ginástica.
Estas performances são genuínas, não pretendem agradar ou atrair turistas, mas se as encontrar ao andar pela cidade irão ficar na sua memória.
Enquanto outros povos se fecham em casa em frente à televisão ao fim do dia — sobretudo as gerações mais velhas — em Pequim e um pouco por toda China saem para fazer exercícios físicos, jogar xadrez ou apenas conviver em praças, largos e espaços verdes.
Pato à Pequim
Sem dúvida, uma das coisas mais saborosas que pode (e deve) fazer em Pequim é comer o popular Pato à Pequim. Este é de longe o prato mais famoso da capital, e por bons motivos, pois é de facto bastante delicioso.
Não sei como é o Pato à Pequim em qualquer outro local que não seja na capital chinesa, pois foi aí que o provei pela primeira vez. E por mais do que uma vez desloquei-me a um restaurante que é um dos melhores a confeccionar esta refeição.
A lista de espera é, por vezes, de semanas e não é fácil conseguir uma mesa no Huajia Yiyuan. Se conseguir lugar, peça para o empregado lhe explicar como comer o Pato à Pequim, pois existe um procedimento correcto.
Ao jantar, pode também assistir a um espectáculo coreográfico onde são os próprios empregados que transformam a sala num palco e promovem um verdadeiro espectáculo.
Não pode ir à capital chinesa sem comer o pato à Pequim, pelo menos uma vez…
Outros lugares para visitar em Pequim
- 798 Art District
- Jingshan Hill
- Parque Olímpico
- Espectáculo de acrobacia ou Kungfu
- Torre do Tambor e Torre Sineira
- Mercado de antiguidades de Panjiayuan
- Templo de Yonghe Lama
- Templo de Confúcio
Informação extra
Quanto tempo para visitar Pequim
Há tanta coisa para fazer e visitar em Pequim que pode facilmente ficar na capital da China durante duas semanas. Eu recomendo entre três (mínimo dos mínimos) e cinco dias para ver todos os pontos turísticos da cidade e poder passear livremente, descobrir os hutongs, provar iguarias e caminhar pela Grande Muralha da China.
Só em Pequim, a UNESCO classificou sete lugares como Património da Humanidade:
- Grande Muralha da China
- Cidade Proibida
- Palácio de Verão
- Templo do Céu
- Túmulos de Ming
- Grande Canal de Hangzhou
- Sítio arqueológico do Homem de Pequim (Zhoukoudian)
Melhor época do ano para visitar Pequim
Com estações distintas, o clima de Pequim apresenta verões extremamente quentes, invernos frios e cinzentos, sendo que as temperaturas médias oscilam entre -15℃ e 37℃.
O Inverno carrega os ventos frios da Sibéria e a brisa da Primavera arrasta as areias do Deserto de Gobi, na Mongólia. O Verão em Pequim é muito quente, o que se acentua quando a poluição é maior.
Pode visitar Pequim em qualquer altura do ano, mas tendo em atenção as tempestades de areia na Primavera e as temperaturas extremas no Verão e no Inverno, a melhor época para visitar Pequim é no Outono, ou seja, entre Setembro e Novembro. E foi aliás, nesta altura que visitei a capital da China e encontrei óptimas temperaturas e céu azul. Maio e Junho também é uma altura para viajar para Pequim.
Visto para a China
Os cidadãos portugueses e brasileiros estão obrigados a requerer vistos para a China.
Dinheiro na China
A moeda nacional oficial na China é o Renminbi (RMB) ou Yuan e existem em denominações de 100, 50, 20, 10, 5 e 1 RMB e moedas de 1 yuan, 5 jiao e 1 jiao. A maioria dos chineses usa o Wechat para pagar todas as transacções, mas isto não está acessível a não residentes.
Por isso, a alternativa é pagar com cartão ou levantar dinheiro (existem ATM por todo o lado), mas não precisa de trocar dinheiro antes da viagem para a China. Recomendo que peça o cartão Wise para evitar todas as taxas bancárias, pois foi o que usei e tenho sempre comigo.
Como chegar a Pequim
Existem voos regulares para Pequim, com a Air China, a Emirates ou a Qatar Airways. Recomendo que use o Skyscanner para pesquisar os melhores preços e horários para chegar a Pequim.
Também pode voar para outros locais da China, como Chengdu ou Xangai e daí apanhar comboios de alta velocidade para Pequim. Para reservar os bilhetes de comboio online use este site.
Transportes em Pequim
O Metro de Pequim é o transporte mais rápido na cidade e a melhor forma de evitar engarrafamentos frequentes. Existem dezenas de linhas de Metro e que chegam a quase todo o lado. O preço é cobrado de acordo com a distância, começando em 3RMB até um máximo de 8RMB.
As paragens são anunciadas em chinês e inglês. Na maioria das estações, pode comprar o bilhete nos postos de venda ou nas máquinas automáticas, mas estas muitas vezes só aceitam notas de 1RMB, notas de 5RMB ou 10RMB.
Hotel em Pequim
A capital é enorme (aí vivem 22 milhões de pessoas) e não faltam hotéis em Pequim, que vão desde albergues a pousadas pitorescas em hutongs, até luxuosos hotéis.
Em Beijing passei algumas noites em casa de um amigo e depois fiquei também num hostel que NÃO recomendo: Yoga House Beijing e ainda mais duas noites no Yuyang River View Hotel. Sem ser extraordinário, este hotel cumpre os requisitos para uma noite descansada, numa boa localização. O pequeno-almoço é óptmo.
Outros excelentes hotéis para dormir em Pequim
- Nostalgia Hotel Beijing – Tian’anmen Square (8.9)
- Iris Hotel Beijing Temple of Heaven (8.9)
- Peking Station Hostel (9.0)
- Stey-Wangfujing (9.2)
- Waldorf Astoria Beijing (9.2)
- Beijing 161 Drum Tower Hotel (9.0)
- Shichahai Sandalwood Boutique (9.0)
Seguro de viagem
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