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Início Inspiração Que visitar em Tavira — 20 locais (imperdíveis)
Jardim da Alagoa, na Praça Dr. António Padinha, Tavira
O Jardim da Alagoa, na Praça Dr. António Padinha, é um pequeno jardim rodeado por várias esplanadas. Foto: Jorge Duarte Estevão

Que visitar em Tavira — 20 locais (imperdíveis)

Inspiração Viagens Europa Portugal Algarve Tavira
Jorge Duarte Estevão
Actualizado a 23/09/2020
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Visitar Tavira é mergulhar não só na rica história da mais bela cidade do Algarve. Ver Tavira é também oportunidade para mergulhar em algumas das melhores praias do país e sentir o aroma da Ria Formosa. Esta é, desde sempre, uma das minhas cidades favoritas no sul de Portugal.

2020 assinala os 500 anos da elevação de Tavira a cidade, mas a localidade algarvia surgiu muito antes disso. Estima-se que a mais bonita cidade do Algarve terá sido fundada em 400 aC.

Da Ponte Romana, ao Centro histórico, da Dieta Mediterrânica ao marisco da Ria Formosa, das duas dezenas de igrejas às várias praias sublimes. Tavira é um dos locais no Algarve que já não é totalmente desconhecido, mas que na sua aparência ainda mantém os traços do passado. 

O crescimento urbanístico e comercial começa a surgir, mas muito ainda resiste às tentações do betão. Disso é exemplo o fantástico núcleo histórico, os vários monumentos religiosos e militares e pontes. O Rio Gilão é o pai da cidade, a Ria Formosa a mãe e as praias as filhas de uma beleza natural ímpar. 

Tudo isto confere à cidade algarvia uma aura a que poucos resistem. Neste guia completo para visitar Tavira encontrará os principais motivos (e são tantos) para ver a cidade mais espectacular do Algarve.

No final do artigo irá também encontrar um roteiro de três dias em Tavira.

Conteúdo do artigo esconder
1 O que ver e visitar em Tavira
1.1 Ponte Romana
1.2 Centro Histórico
1.3 Mercado da Ribeira
1.4 Dieta Mediterrânica
1.5 Castelo de Tavira
1.6 Praça da República
1.7 Museu Municipal de Tavira (Palácio da Galeria)
1.8 Igreja de Santa Maria do Castelo
1.9 Convento de Nossa Senhora da Graça
1.10 Igreja de Santiago
1.11 Jardim do Coreto
1.12 Quartel da Atalaia
1.13 Casa de Fotografia Andrade
1.14 Forte do Rato
1.15 Pego do Inferno
1.16 Câmara Obscura — Torre de Tavira
1.17 Forte de São João da Barra (Cabanas)
1.18 Jardim da Alagoa
1.19 Salinas de Tavira
1.20 Rio Gilão
1.21 Praias e Ilha de Tavira
1.22 Ria Formosa
2 Roteiro para três dias em Tavira
3 Mapa do que há para visitar em Tavira
4 Informação extra
4.1 Quanto tempo para visitar Tavira
4.2 Qual a melhor altura para visitar Tavira
4.3 Como chegar a Tavira
4.4 Hotel em Tavira
4.5 Seguro de viagem

O que ver e visitar em Tavira

Ponte Romana

Ponte Romana de Tavira
A Ponte Romana de Tavira (ou Ponte Antiga) é o cartão postal da cidade algarvia. Foto: Jorge Duarte Estevão

A Ponte Romana de Tavira é o cartão postal da cidade. Na época medieval, a ponte era uma estrutura fundamental na rota comercial de travessia do rio Gilão. Consta que até chegou a ter um piso de madeira amovível, que funcionaria como medida defensiva perante alguma incursão de inimigos. 

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A Ponte Romana (ou Ponte Antiga) foi alvo de várias alterações ao longo dos séculos, tendo ficado no século XVII com o seu aspecto actual. E desde as grandes cheias de 1989 (que a deixaram parcialmente destruída) passou a ser pedonal. Agora está classificada como Imóvel de Interesse Público.

O local terá sido também palco de violentos confrontos no século XIV, quando portugueses e espanhóis se digladiaram. Aliás, esses acontecimentos estão retratados num painel de azulejos à entrada do tabuleiro da ponte.

Centro Histórico

Centro histórico de Tavira
É um prazer passear pelo Centro Histórico de Tavira. Foto: Jorge Duarte Estevão

Durante horas passeei pelo centro histórico de Tavira. Muita da arquitectura característica mantém-se inalterada e representa o intercâmbio cultural e a exposição da cidade à arte e arquitectura de vários estilos. 

Mesmo com problemas como cheias e terramotos, as ruas de Tavira continuam a ser um exemplo de boa conservação patrimonial.

É notável também a arquitectura religiosa que a cidade possui. Já foram mais de 30 igrejas, agora são “apenas” 21. Este número de igrejas estará relacionado com a relevância tavirense no século XVI e com os descobrimentos. Para uma cidade com a dimensão de Tavira é absolutamente incrível — quase valia uma candidatura ao livro dos recordes do Guiness. 

Mercado da Ribeira

Mercado da Ribeira, em Tavira
O Mercado da Ribeira, em Tavira, é agora um local para almoçar ou jantar com vista para o rio. Foto: Jorge Duarte Estevão

O Mercado da Ribeira, junto ao Jardim do Coreto, mas margem do Rio Gilão demorou dois anos a ser construído. Foi inaugurado em 1887 e recuperado 200 anos depois. 

Actualmente, alberga vários espaços de comércio tradicional e restauração. Há uma pequena esplanada junto ao rio, um excelente local para acabar o dia em Tavira. 

Dieta Mediterrânica

Dieta Mediterrânica, Tavira
Um dos elementos associados à dieta mediterrânica é o vinho. Foto: Jorge Duarte Estevão

Tavira entrou para a lista do Património Imaterial da UNESCO, como representante de Portugal na Dieta Mediterrânica. A cidade portuguesa juntou-se a Agros (Chipre), Hvar e Brac (Croácia), Koroni (Grécia), Soria (Espanha), Cilento (Itália) e Chefchaouen (Marrocos).

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Algumas receitas recomendadas da dieta milenar mediterrânica e que pode provar em Tavira são jantar de grão, papas de milho, salada de polvo, feijoada de lingueirão ou figo cheio. Quando estive em Tavira, estava disponível uma exposição bastante interessante sobre este tema no Museu Municipal.

Por falar em gastronomia, em Tavira pode experimentar um restaurante Michelin (A Ver Tavira, do Chef Luís Brito) mesmo ao lado do castelo. Não tive oportunidade de ir experimentar, mas espreitei o menu e agradou-me bastante.

Castelo de Tavira

Muralhas do Castelo de Tavira, agora classificado como Monumento Nacional em Portugal. Foto: Jorge Duarte Estevão

Estima-se que o Castelo de Tavira tenha sido ocupado deste a pré-história, mas só em 1240 foi conquistado aos mouros. 50 anos depois, por ordem do rei D.Dinis, foi construída também a Torre de Menagem. O castelo também protegeu as populações locais de invasões de piratas do norte da África.

O castelo está classificado como Monumento Nacional embora pouco reste da estrutura, já que o terramoto lhe causou danos quase irreparáveis.

Tal como em muitos locais medievais, existe uma lenda — a lenda do Castelo de Tavira. A história é sobre uma moura encantada — filha do governador da cidade e amante de um cavaleiro cristão — que não conseguiu ser salva.
Desde essa altura, todos os anos, na noite de S. João, a mulher surge para fazer um pranto ao seu destino fatal. A noite de 24 de Junho é, por isso, a noite das mouras encantadas.

Lenda do Castelo de Tavira

A entrada no monumento é grátis e lá dentro irá encontrar um jardim arranjado. Do castelo consegue ter uma excelente vista para a cidade de Tavira, para a Ria Formosa e para o Oceano Atlântico.

Praça da República

Praça da República, em Tavira
A Praça da República de Tavira está situada no centro da cidade, onde se encontram também os Paços do Concelho. Foto: Jorge Duarte Estevão

A Praça da República assinala o centro da cidade. É aí que estão os Paços do Concelho e um monumento aos combatentes da I Grande Guerra Mundial. 

E é a partir da praça que se acede ao tabuleiro da Ponte Romana e se caminha para o Jardim do Coreto. Se precisar de informação turística, é também aí que está instalado o posto de turismo.

Museu Municipal de Tavira (Palácio da Galeria)

Museu Municipal de Tavira (Palácio da Galeria)
O Museu Municipal de Tavira (Palácio da Galeria) é um espaço onde são recebidas esposições ao longo do ano. Foto: Jorge Duarte Estevão

O Palácio da Galeria é um dos edifícios mais bonitos da cidade algarvia. Além da beleza exterior da fachada, também no interior há motivos para o visitar. Desde logo porque alberga o excelente Museu Municipal que acolhe exposições sobre a História e a diversidade da região. 

Quando o visitei, estava em exibição uma óptima exposição sobre a dieta mediterrânica. Logo à entrada, é encontra-se um conjunto de poços que os arqueólogos estimam ser um santuário para cerimónias de homenagem aos deuses fenícios. Este é um local obrigatório numa viagem a Tavira.

Igreja de Santa Maria do Castelo

Igreja de Santa Maria do Castelo, Tavira
Vista das traseiras da Igreja de Santa Maria do Castelo, em Tavira. Foto: Jorge Duarte Estevão

Pensa-se que a Igreja de Santa Maria do Castelo terá sido construída em cima de uma antiga mesquita, após a conquista de Tavira pela Ordem de Santiago (1242). 

O templo foi destruído parcialmente no terramoto de 1755 e depois remodelado em estilo neoclássico. No interior da igreja, estão alojadas estátuas pintadas e os túmulos de sete cavaleiros que, segundo (mais) uma lenda, foram atacados por mouros.

No entanto, o mais interessante da Igreja de Santa Maria do Castelo é o gigante relógio na torre sineira. E se quiser subir uns degraus até à torre (e pagar cerca de 2€) poderá para ter uma vista ainda mais privilegiada.

Convento de Nossa Senhora da Graça

Convento de Nossa Senhora da Graça, Tavira
O Convento de Nossa Senhora da Graça foi recuperado e agora aloja uma pousada. Foto: Jorge Duarte Estevão

Perto da igreja e do castelo irá encontrar o Convento de Nossa Senhora da Graça. O edifício de características barrocas e renascentistas foi erguido no século XVI e demorou 100 anos a concluir. 

Foi aumentado alguns anos depois e até chegou a ser usado como quartel militar. O convento foi, entretanto, transformado numa espectacular pousada. 

Igreja de Santiago

Igreja de Santa Maria do Castelo, Tavira
Ao lado direito, a fachada da Igreja de Santa Maria do Castelo, enquanto ao fundo se vê a torre da Igreja de Santiago. Foto: Jorge Duarte Estevão

Esta é, para mim, uma das mais interessantes igrejas em Tavira. Não as visitei todas (são mais de 20), mas a sua estrutura incomum e a escadaria que a delimita são muito atraente. É também por aqui que passa o Caminho português de Santiago (para Santiago de Compostela), em Espanha. 

A fachada principal da igreja (que remonta ao século XIII) apresenta um medalhão setecentista que exalta a figura do padroeiro São Tiago.

Jardim do Coreto

Jardim do Coreto, Tavira
Nas margens do Gilão, o Jardim do Coreto é o ponto de encontro para muitos locais. Foto: Jorge Duarte Estevão

É aqui que os mais velhos se encontram para dois dedos de conversa, para ver passar o tempo (e os turistas) ou para procurar um banco para descansar. É o centro da cidade e onde todas as águas vão desaguar — incluíndo as águas do Rio Gilão. 

Nas margens do Gilão, o Jardim do Coreto é um espaço bem arranjado onde apetece ficar alguns minutos. O coreto está em terra, mas perto do rio e do mar. E foi por essa via que chegou a Tavira, depois de ter sido construído no Porto.

Quartel da Atalaia

Quartel da Atalaia, Tavira
Fachada do Quartel da Atalaia, em Tavira. Este é um dos mais antigos do país. Foto: Jorge Duarte Estevão

O Quartel da Atalaia é um dos mais antigos do país e continua em funcionamento, abrigando o destacamento de Tavira do Regimento de Infantaria Nº 1. Desde Julho de 1996, o espaço abriga o centro militar de férias, destinado a praças.

O prédio foi mandado construir em 1795, tendo até servido de hospital para responder à peste que se abateu sobre a cidade em 1833. É constituído por um pavilhão central com a porta de armas e mais outros dois pavilhões. 

Casa de Fotografia Andrade

O espaço reúne o espólio material e fotográfico da família Andrade. Pretendia visitar este espaço em Tavira, mas quando me informaram do preço (5€) mudei de ideias.

Até não poderá parecer muito, mas quando falamos de um pequeno museu, considero que o preço está completamente desajustado. E digo-o como fotógrafo e como alguém que tinha redobrado interesse em ver a exposição.

Interessante é que no momento da abertura, em 2017, os responsáveis falavam em “entrada simbólica”. O preço é, talvez, dirigido a visitantes estrangeiros.

Forte do Rato

Forte do Rato, Tavira
Forte do Rato (ou Forte de Santo António), em Tavira. Antes um importante elemento militar, agora em ruínas. Foto: Jorge Duarte Estevão

O Forte do Rato (ou Forte de Santo António) está agora em ruínas. Foi mandado edificar para proteger a entrada da barra, mas a construção não teve grande utilidade, pois as alterações costeiras tornaram-no obsoleto.

Aliado a isso foi também o facto de ter sido construído o forte de São João, em Cabanas. Até existem relatos de falta de meios e homens em muitos momentos.

Tornar-se-ia, mais tarde, apenas num depósito de pólvora. Foi desactivado em 1830 e finalmente abandonado. Mesmo assim é um bonito local para se visitar. E se ficar alojado no hotel Vila Galé Albacora, irá por lá passar.

Pego do Inferno

Pego do Inferno, Tavira
Anteriormente era um local de grande beleza. Agora resta uma poça de água (poluída) na cascata do Pego do Inferno, em Tavira. Foto: Jorge Duarte Estevão

“Localizado a cerca de 7 km de Tavira, em Santo Estevão, este cenário idílico é composto por uma cascata que forma um lago redondo, de um verde mediterrâneo, cercado por uma área arborizada refrescante. Muito agradável para um almoço ao ar livre aventureiro e um mergulho rápido nos dias quentes de verão.”

Esta foi uma das descrições que encontrei na internet do Pego do Inferno. Se isso era verdade (e realidade há uma década), agora a descrição real e verdadeira é esta:

O Pego do Inferno era uma estupenda atracção natural, mas agora é um local abandonado, sujo e até perigoso. Um grande incêndio em 2012 e outro em 2019, transformaram a zona do Pego…num inferno. 

Muitos visitantes continuam a ser surpreendidos (desiludidos). As águas esmeralda deram lugar a uma lagoa sem cor, as escadas de acesso arderam nos incêndios e o lixo acumula-se na encosta superior. 

Pego do Inferno, Tavira
A queda d’água Pego do Inferno, em Tavira, está agora ao abandono, onde se acumula o lixo. Foto: Jorge Duarte Estevão

Esta foi a minha maior desilusão (e talvez a única) em Tavira. Até a situação mudar não recomendo (nem vale a pena lá ir perder o seu tempo). O Pego do Inferno é, até ver, um local a NÃO visitar em Tavira.

A fotografia acima foi tirada em Junho de 2020.

Câmara Obscura — Torre de Tavira

Câmara Obscura, Tavira
A antiga torre de água foi reconvertida numa Câmara Obscura. Um dispositivo que projecta a vista panorâmica de Tavira. Foto: Jorge Duarte Estevão

A antiga torre de água da cidade reconvertida num ponto turístico. O edifício abriga uma Câmara Obscura, ou seja, um dispositivo que projecta a vista panorâmica da cidade.

Esta experiência óptica já é conhecida há milhares de anos e até pintores reconhecidos se surpreenderam com a mesma. É uma forma diferente de ver a cidade algarvia.

Os artistas começaram a usar estes protótipos para criar uma dimensão de perspectiva e realismo nas suas obras. Usando espelhos e lentes, a luz entra num espaço escuro através de uma pequena abertura e a imagem invertida de um objecto é projectada.

Horário da Câmara Obscura
Segunda – Sexta: 10h – 17h | Sábados: 10h – 13h
Preço: 4€

Forte de São João da Barra (Cabanas)

A construção do Forte de São João da Barra (ou Forte da Conceição) deveu-se à necessidade de reforçar a barra da Ria Formosa e o acesso ao porto de Tavira. Perdeu importância depois do assoreamento da ria e o desvio da barra para nascente. 

Actualmente, é um monumento de interesse público, mas o mais interessante é que foi transformado num hotel onde pode pernoitar. 

Jardim da Alagoa

Jardim da Alagoa, na Praça Dr. António Padinha, Tavira
O Jardim da Alagoa, na Praça Dr. António Padinha, é um pequeno jardim rodeado por várias esplanadas. Foto: Jorge Duarte Estevão

O Jardim da Alagoa, na Praça Dr. António Padinha, é um pequeno jardim harmonioso, enquadrado pela praça e pela Igreja de Nossa Senhora da Ajuda ou de São Paulo. Em seu redor encontra várias esplanadas e restaurantes. A pastelaria Alagoa tem um bom café e pastéis de nata a condizer…

Salinas de Tavira

Salinas de Tavira
Ao visitar Tavira, tem de ir espreitar (e comprar) sal da Ria Formosa. Um elemento essencial (com moderação) na nossa mesa. Foto: Jorge Duarte Estevão

Ao visitar Tavira irá, por certo, ouvir falar das salinas e da sua importância. Perto do mercado municipal, irá encontrar as salinas de Rui Simeão. É uma forma perfeita de ver como funciona o processo do sal até chegar à sua mesa. 

E até pode comprar sal da Ria Formosa e Flor de Sal. Um quilo de sal custa menos de 1€, mas também há pequenos sacos em linho que pode levar como oferta para amigos e família.

Rio Gilão

Rio Gilão, Tavira
O Rio Gilão atravessa Tavira, para depois desaguar na Ria Formosa. Foto: Jorge Duarte Estevão

O Rio Gilão tem várias identidades. Primeiro chama-se Séqua e só em Tavira assume o nome de Rio Gilão. O curso de água do Sotavento algarvio corre por mais de 50 km e resulta da confluência da Ribeira de Alportel com a Ribeira da Assêca. 

O rio que nasce na serra é a principal linha de água da região, juntando-se à Ribeira de Almargem para depois desaguar na Ria Formosa.

Praias e Ilha de Tavira

Praia da ilha de Tavira
Areal sem fim à vista na Ilha de Tavira. Devido às aguas cálidas, por vezes as algas chegam às toneladas. Foto: Jorge Duarte Estevão

Visitar Tavira e não encontrar nenhuma das duas dezenas de igrejas poderá ser, para os mais fiéis, um pecado. Para mim, um pecado maior é visitar a região e não ir mergulhar nas praias de Tavira.

Quase todas a praias estão localizadas na Ilha de Tavira, na Reserva Natural da Ria Formosa. A ilha é composta por quatro praias: Praia da Ilha de Tavira (ou Praia das Cascas – como era chamada anteriormente), Praia da Terra Estreita, Praia do Barril e Praia do Homem Nú. Consegue adivinhar porque esta última tem este nome?

Tavira possui uma linha de costa com quase 20 quilómetros de extensão e além dessas, pode também mergulhar na Praia de Cabanas. A ilha de Cabanas possui uma extensão de 7 quilómetros e é uma das preferidas de quem visita.

Ria Formosa

Ria Formosa, Tavira
Da cidade de Tavira pode avistar-se a Ria Formosa, em plano intermédio, antes do nosso olhar chegar ao Atlântico. Foto: Jorge Duarte Estevão

O Parque Natural da Ria Formosa forma um cordão dunar arenoso litoral que protege a zona de lagoas. A zona da Ria Formosa — considerada uma das 7 maravilhas naturais de Portugal, estende-se desde a Praia do Ancão, em Loulé, até à Manta Rota, em Vila Real de Santo António.

A reserva natural acolhe uma enorme variedade de habitats e de espécies de peixes, anfíbios, crustáceos ou aves. A diversidade de fauna e flora é estupenda e — para as aves migratórias — o sapal da Ria Formosa representa um ponto de paragem vital nas viagens entre a Europa e África.

Roteiro para três dias em Tavira

Para facilitar a viagem aqui fica um roteiro para três dias em Tavira. O que pode ver e visitar nesta bela cidade do Algarve.

Dia 1

Comece o dia por tomar o pequeno-almoço na Pastelaria Alagoa. Os pastéis de nata são óptimos e o café também. Aproveite para contemplar o Jardim da Alagoa.

De seguida, atravesse a imagem de marca de Tavira: a Ponte Romana. Após atravessar o tabuleiro, na outra margem, irá encontrar a Praça da República, em frente, e caminhando para a esquerda — junto ao Rio Gilão — terá oportunidade de apreciar o Jardim do Coreto, primeiro, e o Mercado da Ribeira.

Inverta a marcha (mas a pé), e comece a subir em direcção ao centro histórico, onde vai encontrar algumas das principais atracções turísticas de Tavira. Suba a Rua da Liberdade passando pela Casa de Fotografia Andrade.

Volte à direita, na Rua Dom Paio Peres Correia e admire a bela Igreja de Santiago. Na fachada irá encontrar a seta que indica o Caminho de Santiago. Nesse quarteirão localizam-se também o Convento da Nossa Senhora da Graça e a Câmara Obscura. 

Contemple a paisagem da cidade a partir desse ponto alto. Como a hora de almoço deve ter já chegado, se quiser fazer uma extravagância tem o Restaurante Michelin “A Ver Tavira”, onde pode experimentar os menus de degustação.

Após o almoço entre no Castelo de Tavira e visite a Igreja de Santa Maria do Castelo. Desça a rua, em direcção do rio, sem deixar de admirar o Palácio da Galeria. Há sempre exposições muito interessantes, no Museu Municipal — aí alojado.

Dia 2

No segundo dia do roteiro de três dias em Tavira, recomendo que vá conhecer um pouco dos arredores da cidade. Comece o dia por uma ida ao mercado municipal, para comprar produtos locais e frescos, e uma breve visita às salinas de Tavira, que ficam mesmo ao lado. Há estacionamento grátis nessa zona, se quiser ir de carro.

Quando tiver terminado as compras dê um salto ao Forte do Rato e aprecie a estupenda paisagem da Ria Formosa.

Regresse em direcção à cidade e aproveite para comer um bom peixe grelhado no restaurante Três Palmeiras. Dirija-se para o local de embarque e vá descobrir, de barco, a Praia da Ilha de Tavira. 

Um dos locais de embarque é junto ao Mercado da Ribeira. Veja o guia completo sobre as às praias de Tavira e como lá chegar.

Depois de algumas excelentes horas na praia, apanhe o barco de regresso a Tavira e termine o dia, ao pôr-do-sol, com uma bebida fresca numa das várias esplanadas à beira-rio.

Dia 3

Hoje, sugiro que comece o dia bem cedo, em Santa Luzia, para ver os barcos descarregarem o polvo e o peixe fresco. Descubra a pequena, mas atraente vila de Santa Luzia.

Relaxe numa das esplanadas para um café, antes de caminhar (ou ir de carro) até à bela Praia do Barril em Pedras D’el Rei. É cerca de meia-hora até à praia, onde deve visitar o Museu do Atum e o Cemitério de Âncoras.

Há muitos locais que ficam fora deste roteiro de três dias em Tavira, mas se tiver tempo dê um salto à Praia de Cabanas e ao Forte de São João da Barca. Não se vai arrepender.

Mapa do que há para visitar em Tavira

Informação extra

Quanto tempo para visitar Tavira

Tavira não é uma cidade muito grande em termos de área, porém tem imenso para ver, como a lista deste artigo comprova. Por isso, dois dias é o mínimo que necessita para ver Tavira.

Se também quiser ir a banhos numa das praias, então nunca menos de três dias em Tavira. Mas pode passar uma semana em Tavira sem se cansar das vistas, da comida, do tempo e do mar. Há uma grande variedade de restaurantes e bares (alguns com happy hour e cerveja a €0,70.

Qual a melhor altura para visitar Tavira

Tavira está situada no Sotavento algarvio e beneficia de bom clima quase todo o ano. O Verão é, claro, o pico da época turística e os preços acompanham esse facto. Na Páscoa, a cidade é invadida por turistas espanhóis, pelo que talvez seja um período a evitar.

Se quiser explorar a cidade e também ir às praias da região, então a melhor altura para visitar Tavira é entre Maio e Outubro, já que nesse período o tempo está quente (e as águas do mar também).

A Primavera e o Outono são óptimas estações para visitar a região, com clima ensolarado, mas sem calor intenso ou multidões.

A baixa temporada, ou seja, entre Novembro e Abril é o período ideal para caminhar ou pedalar. No Inverno chove pouco e não faz muito frio, por isso não terá grandes problemas em Tavira nos meses invernais.

Como chegar a Tavira

Autocarro

Se viajar de autocarro pode chegar a Tavira a partir de vários pontos de Portugal. Há ligações regulares, por exemplo, de Lisboa. Pode consultar aqui os horários. A viagem demora cerca de cinco horas.

Comboio

De Lisboa, pode facilmente chegar a Tavira em cerca de quatro horas no Alfa Pendular ou no Intercidades — tempo total desde a capital portuguesa.

O comboio parte de Lisboa várias vezes por dia para Tavira, mas a ligação não é directa. Ao chegar a Faro, tem de apanhar um comboio regional que demora cerca de 30 minutos. Pode comprar os bilhetes de comboio no site da CP.

Alugar um carro

Alugar um carro no Algarve ou noutro local de Portugal é a melhor opção. Ganha largamente em flexibilidade. Alugue um carro para chegar ao Algarve (ou alugue no Algarve) se não dispuser de viatura própria.

Se, por exemplo, voar para Faro ou chegar de comboio à capital algarvia, pode alugar um carro no aeroporto e daí seguir para Tavira. Ter uma viatura à sua mercê é a melhor forma de conhecer o Algarve.

Neste caso só tem de seguir as indicações para seguir pela Estrada Nacional 125 ou pela Via do Infante (e neste caso pagar as portagens).

Tente deixar o carro fora do centro histórico de Tavira, pois além de haver poucos espaço para estacionar, quando este existe é pago.

Hotel em Tavira

Tavira é uma cidade estupenda e há excelentes hotéis na região. Dos vários que há eu recomendaria dois que estão alojados em locais históricos: o Forte de São João da Barra, em Cabanas. Beneficia de uma localização estupenda e vai pernoitar num local mágico.

Se preferir o centro da cidade, então a Pousada do Convento da Graça é a solução ideal. Não só é um prédio histórico, como está a passos do castelo e de um restaurante Michelin.

Se quiser dormir embalado ao som do mar e da Ria Formosa, então a opção é certamente o Vila Galé Albacora. Está numa localização irresistível.

Outras recomendações para dormir em Tavira

  1. Fazendinha (9.3)
  2. Hotel Rural Quinta do Marco (9.2)
  3. Santa Luzia Green Apartment (9.1)
  4. Tavira Terrace (9.0)
  5. Maria Nova Lounge Hotel (8.9)

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Jorge Duarte Estevão

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Prefiro ser tratado por tu. Nasci no Alentejo, mas já visitei 60 países. Alentejano de raça pura – mas escrevo sem sotaque. Acima de tudo, sou um viajante.

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