Visitar a Islândia é descobrir vulcões activos, geysers, fontes termais, praias, glaciares, fiordes, elfos, Floki da série Vikings e talvez o John Snow da Guerra dos Tronos. Talvez esteja a exagerar em relação aos três últimos, mas acredite quando lhe digo que a este país vai ficar para sempre na sua memória. E depois vai questionar-se como esteve tanto tempo sem visitar este país na Europa.
Como pode uma ilha tão pequena possuir paisagens tão diversas e belas? E apresentar cenários que mudam a cada poucos quilómetros — de campos negros de lava, para vales verdejantes, de planaltos lunares para glaciares imaculados, de cascatas refrescantes a água escaldante que jorra do fundo da terra.
São tantos os locais e as paisagens contrastantes que encaixar todos num roteiro pela Islândia parece quase tarefa impossível. Esta ilha é conhecida por ser a terra do fogo e do gelo. Pode visitar a Islândia no Verão ou no Inverno, mas independentemente da altura a que chega a este país escassamente povoado, situado na fronteira do Círculo Polar Ártico, jamais o esquecerá.
Islândia — a Terra do fogo e do gelo
Muitos viajantes começaram a ouvir falar desta nação quando, em 2010, o vulcão com o nome impronunciável “Eyjafjallajokull” lançou o caos na Europa. A nuvem de cinzas causou o cancelamento de centenas de voos durante muitos dias no continente europeu.
E, anos mais tarde, tornou-se ainda mais popular quando se soube que muitos locais do país iam ser usados para a série Game of Thrones (A Guerra dos Tronos). Não visitei este destino por nenhum desses motivos, pois já estava no meu radar de prioridades muito antes de qualquer um desses eventos.
E não se deixe intimidar pelos preços, pois há várias formas de poupar dinheiro na Islândia. E se calhar ainda vai encontrar outros portugueses em viagem na Islândia.
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O que visitar na Islândia
Península de Snaefellsnes
Se dispõe de pouco tempo para visitar a Islândia e desejar ver as paisagens mais diversas e as principais características da ilha, só tem de pegar no carro alugado e viajar para a Península de Snaefellsnes.
Snaefellsnes é designada como uma Islândia em miniatura, pois consegue-se aí ver representada uma grande parte das paisagens do país. A zona foi declarada Parque Nacional em 2001. O parque é coberto por atraentes trilhos para caminhar, incluindo ao longo do glaciar — se visitar o país no Inverno.
Alguns dos locais mais enigmáticos são o glaciar Snaefellsjokull, os pináculos rochosos vulcânicos de Lóndrangar e a pequena, mas atraente povoação de Búdir.
A Península de Snaefellsnes é uma das zonas mais desejadas num roteiro na Islândia, sobretudo para tirar uma fotografia na base de Kirkjufell — uma das montanhas mais icónicas do país e que figurou na Guerra dos Tronos.
Hotéis recomendados em Snaefellsnes
Praias
Quando se vai visitar a Islândia, praia não é a primeira coisa que nos lembramos. Há, no entanto, algumas interessantes para explorar — ainda que não seja para ir a banhos. Nas zonas tropicais as descrições das praias começam, normalmente, pelas areias brancas e águas azul-turquesa. Num percurso por este país nórdico, a descrição é o oposto: areais pretos e águas escuras.
Localizada perto da pequena vila de Vik, Reynisfjara é uma popular praia de areia preta, reconhecida pelos enormes pilares de basalto e paisagens extensas. Como em quase tudo em território islandês, há lendas envolvidas. Por isso, estas grandes colunas de basalto são trolls que se transformaram em pedra.
A uma curta distância de Reynisfjara está o magnífico arco rochoso de Dyrhólaey — outro local que deve constar do seu roteiro na Islândia. Do topo deste arco, conseguirá vislumbrar vistas incríveis da área circundante, mas Dyrhólaey é também um dos lugares para ver papagaios-do-mar, sobretudo durante a Primavera e Verão.
Outra praia que se destaca é a Djúpalón, no Parque Nacional Snaefellsjokull. A zona é reconhecida pelas dramáticas areias negras e criativas formações rochosas, algumas das quais se assemelham a… trolls. Finalmente, uma das mais bonitas é Raudasandur, na Península de Látrabjarg. Esta praia, nos Westfjords, é distinta pela cor avermelhada do extenso areal e pelos tons azul-turquesa da lagoa.
Ao visitar qualquer uma destas praias, tenha muito cuidado e não se aproxime demasiado do mar, pois este esconde muitos perigos como as ondas súbitas. Estas ondas enormes chegam sem aviso, já arrastaram turistas incautos e, em Reynisfjara, até houve mesmo fatalidades.
Lagoa de Jokulsarlon
A Lagoa de Jokulsarlon é um dos sítios mais bonitos da Islândia e onde passei imenso tempo a apreciar somente a calma e pureza da paisagem. Lentamente, os icebergues soltam-se da língua glacial e avançam em direcção ao oceano.
Quando chegam ao Atlântico, as ondas empurram esses largos pedaços de gelo para Diamond Beach — uma praia de areias negras. O contraste entre o azul cristalino e os grãos de areia vulcânica é sublime.
Agora o primeiro segredo: a lagoa vai estar, provavelmente, muito cheia de visitantes até às 16h ou 17h diariamente. A partir daí os autocarros começam a desaparecer e a paisagem torna-se ainda mais bela.
O segundo segredo é a Lagoa de Fjallsarlon. Ao contrário de Jokulsarlon, aqui apenas chega uma pequena parte dos visitantes, pelo que é um local muito tranquilo para estar enquanto a outra lagoa não esvazia (de gente).
Talvez tenha ainda passado aqui mais tempo do que em Jokulsarlon. Consoante as condições, pode visitar uma gruta e caminhar sobre o gelo. Este género de actividades pode ser muito perigoso, pelo que é melhor ir num tour.
As lagoas são atracções por si só, mas prepare-se (e deixe tempo) para a beleza do percurso entre Vik e Jokulsarlon.
Hotéis recomendados em Jokulsarlon
Reserva Natural de Hornstrandir
A Reserva Natural de Hornstrandir é a parte mais a norte dos Fiordes Ocidentais. Grande parte do país é composto por locais remotos e paisagens escarpadas, mas a Reserva Natural de Hornstrandir vai além disso: falésias, penhascos e cascatas proliferam.
Aqui a paisagem é dominada pela ausência de seres humanos e pela presença de inúmeras espécies selvagens. Se quiser caminhar na Islândia, este é um dos locais predilectos para o fazer. Nesta zona remota do país irá, talvez, encontrar raposas do Ártico, bem como focas e algumas baleias.
Blue Lagoon
A Lagoa Azul ou Blue Lagoon é o spa geotérmico mais visitado do país. Talvez pela sua localização conveniente: a apenas 20 minutos do Aeroporto Internacional de Keflavík e a 45 minutos do centro da cidade de Reykjavik. A água das fontes termais ronda os 37 graus e é considerada altamente benéfica para a saúde.
A piscina quente, com águas azuis, é rica em minerais e sílica. Diz-se que banhar-se aqui rejuvenesce até o espírito e corpo mais cansados. As alegadas propriedades curativas atraem visitantes de todo o mundo, pois acredita-se, já há muito tempo, que se podem ali tratar várias doenças. Agora, uma verdadeira indústria nasceu em redor da Lagoa Azul, primeiro com habitantes locais e depois os estrangeiros.
Uma alternativa à Blue Lagoon é a piscina Seljavallalaug, que data de 1923, o que a torna uma das piscinas mais antigas do país. A piscina faz parte de uma encosta na base de uma montanha e enche-se com a água que escorre pela rocha. Aqui, poderá desfrutar das águas geotérmicas e, em simultâneo, admirar a paisagem natural.
Hotéis recomendados em Reykjavik
Golden Circle e Diamond Circle
O Círculo Dourado é uma das rotas turísticas mais populares. O percurso inclui a cascata Gullfoss, Geysir e o Parque Nacional Thingvellir. Além destes, irá encontrar as Placas Tectónicas, a antiga sede do Parlamento islandês, a Kerid Crater e o geyser Strokkur.
O Golden Circle é perfeito para um roteiro de três ou cinco dias na Islândia. Se vai estar pouco tempo a visitar a Islândia, mas quer ver o máximo possível dos principais pontos turísticos, o Círculo Dourado é a solução perfeita, pois permite ver estes pontos num único dia.
O Círculo de Diamante (Diamond Circle) pode ser descrito como uma rota de 250 km, que abrange alguns dos lugares mais espantosos do país como: Húsavík, o Desfiladeiro de Asbyrgi, o Lago Myvatn e as cascatas de Godafoss e Dettifoss — algumas das cascatas mais bonitas da Islândia.
Parque Nacional Thingvellir
Thingvellir ou Pingvellir é o local onde está o Parlamento mais antigo do mundo e onde as placas tectónicas da América do Norte e da Eurásia se encontram. Devido ao afastamento das placas, surgem fissuras ou fendas na paisagem que resultam em rios, lagos e ravinas irregulares. Entre as duas placas existe uma fenda, chamada de Silfra, localizada no Lago Thingvallavatn.
Aí pode mergulhar entre os dois continentes em águas cristalinas e glaciais. Em Thingvellir existem também inúmeros trilhos para caminhadas fáceis. O Parque Nacional Thingvellir é um dos três locais designados Património Mundial da UNESCO, a par com a ilha Surtsey e o Parque Nacional Vatnajokull.
Hotéis recomendados em Thingvellir
Krafla-Viti
Devido à localização geográfica, o território parece estar perpetuamente coberto de gelo, mas no subsolo a história é diferente. Esta é uma das regiões com mais vulcões do mundo — muitos activos. Situada perto do Lago Myvatn, Krafla-Viti é uma enorme cratera, com cerca de 10 km de diâmetro, formada durante uma erupção explosiva.
A paisagem realmente é deslumbrante, com intensas águas azuis, em contraste com a vizinha Hverfell, que é negra. Perto de Askja, no Parque Nacional Vatnajokul, existe outra cratera, onde é (bastante) mais complicado chegar. É preciso superar as difíceis montanhas Dyngjufjoll.
Reserva Natural Landmannalaugar
Remoto e esplêndido definem o Parque Nacional Landmannalaugar. Este é um dos destinos mais populares, a 195 quilómetros de Reykjavik. No entanto, visitar esta parte remota requer um veículo 4×4.
Infelizmente, apenas tinha um carro normal e não pude chegar lá. É um dos locais que mais quero ver quando voltar a viajar pela Islândia. As estradas apenas estão abertas no período de Verão, ou seja, entre Junho e Setembro/Outubro.
As principais características da paisagem mística são as montanhas multicoloridas, o vulcão Hekla e extensos campos de lava.
Myrdalsjokull e Vulcão Maelifell
Não muito longe de Landmannalaugar, fica o Parque Glaciar Myrdalsjokull, que também só pode ser visitado durante o Verão. O vulcão Maelifell é a principal atracção desta zona e o aspecto verdejante do musgo que o cobre contrasta, de forma estupenda, com as areias negras vulcânicas. Outra zona muito bonita é Eyjafjallajokull.
Desfiladeiro de Asbyrgi
No Nordeste, há uma paisagem surreal: Asbyrgi. As falésias que cercam este local permitem registar algumas das fotos mais dramáticas deste desfiladeiro com cerca de três quilómetros de comprimento.
Asbyrgi é tão invulgar que os primeiros habitantes da ilha atribuíram a criação deste local à intervenção divina. Acreditavam que o espaço aberto fora causado pela ferradura do cavalo de Odin — o maior deus dos Viking e que estes viam como o criador do mundo.
Outro local magnífico é o Desfiladeiro de Fjadrargljufur, a meio caminho entre Vik e Hof. Calcula-se que terá sido desenhado pelo movimento do gelo na terra do fogo.
Eastfjords (Fiordes Orientais)
Os Fiordes Orientais são uma das zonas menos povoadas. A principal cidade, Egilsstadir, dista mais de 7 horas da capital islandesa, Reykjavik.
Os Eastfjords permitem explorar paisagens longe das multidões, com destaque para o Parque Nacional Vatnajokull. No interior do parque, está a reserva natural de Skaftafell com paisagens arrepiantes.
A gruta de gelo de Skaftafell, a cerca de quatro horas da capital, é a maior da Europa e apenas pode ser visitada no Inverno. É nesta altura do ano que a consistência do gelo permite que se entre e saia em segurança. Se for visitada no momento certo, poderá ver a beleza incrível do glaciar. Ainda no parque poderá deslumbrar-se com a cascata de Svartifoss.
Hotéis recomendados nos Eastfjords
Westfjords (Fiordes Ocidentais)
Os Fiordes Ocidentais são uma grande península no Noroeste do país e é uma das zonas que mais quero revisitar. É uma área de pequenas cidades, vilas de pescadores, montanhas, cascatas e lagos. Mais importante do que isso, é uma área de extrema beleza natural, onde se destacam os fiordes de Húnaflói e de Breidafjordur,
Zonas desabitadas como Geirbjofsfjordur, a bonita praia de Raudasandur ou a ponta de Látrabjarg devem constar também do seu roteiro na Islândia. Caso prefira banhar-se em águas termais com muito menos gente, então pode fazê-lo em Krossholt, perto de Brjánslaekir. No Inverno, muitas das estradas são intransitáveis.
Hotel recomendado nos Westfjords
Lago Mývatn
A cerca de uma hora de Akureyri irá deparar-se com o Lago Mývatn. Toda a área é reconhecida pela fauna e riqueza paisagística. O lago terá sido formado como resultado de uma grande erupção vulcânica.
Nesta região, se quiser seguir os passos (e mergulhos) da personagem de John Snow, na Guerra do Tronos (Game of Thrones) explore a fonte termal de Grjótagja. A caverna foi o local de filmagem de uma das cenas de amor entre Snow e a wildling Ygritte. Se a Nova Zelândia foi o local predilecto para o Senhor dos Anéis, a Islândia foi uma das localizações escolhidas para esta série de grande sucesso a nível mundial.
Se visitar a Islândia no Verão e tiver tempo para chegar ao Lago Mývatn, prepare-se com uma rede anti-mosquitos. Estes são milhões e não perdoam. Aliás, um dos motivos para ter aí estado menos tempo foram estes insectos insuportáveis. Leve uma rede e repelente ou então não visite o Lago Mývatn no Verão. No Inverno, não terá esse problema.
Hotéis recomendados no Lago Mývatn
Namafjall
Esta fissura terrestre nos arredores do Lago Myvatn é pitoresca e atrai muitos visitantes, devido ao borbulhar da lama vulcânica. É uma zona desoladora e, em simultâneo, incrivelmente bela. É um deserto, mas com imensa actividade natural. Não habita lá ninguém, mas é uma zona viva. Se tiver possibilidade, pare aqui uma hora ou duas e explore, a pé, este local.
Quedas d’água
Em Islandês, “Foss” significa cascata. E não faltam cascatas, espalhadas por todo o país. Algumas mais poderosas, com caudais inacreditáveis e outras onde podemos caminhar por trás. Como são tantas as cascatas — algumas temporárias — escrevi um artigo com algumas das mais bonitas quedas d’água da Islândia.
Observação de baleias
Foi em Húsavík que tive a oportunidade de partir num tour para ver baleias. E, como a foto comprova, vi mesmo várias nesta viagem pelas águas do Atlântico Norte. Os operadores turísticos estimam que há entre 80 e 90 por cento de chance de ver estes animais magníficos.
Este tour, por exemplo, demora cerca de três horas, inclui guia especializado em baleias, bebidas quentes e bolos e, mais importante, roupas bem quentes. Eu tive de usar as roupas disponibilizadas, tal o frio que se sentia, mesmo no Verão. O tour não é das coisas mais baratas, mas não é todos os dias que estarei tão próximo de baleias e golfinhos.
Outra opção é fazer o tour de baleias em Reykjavik ou Akureyri, mas não é em vão que Húsavík é apelidada de “a capital europeia da observação de baleias”.
Hotéis recomendados em Húsavík
- Árból Guesthouse (Húsavík)
- Langavatn Guesthouse (Húsavík)
Strokkur
A cerca de 90 minutos de carro de Reykjavik, Strokkur Geysir é o geyser mais popular do país. Esta zona de águas termais altamente activa, perto do Rio Hvítá, é uma paragem obrigatória no Golden Circle. Passei aqui largos minutos a tentar obter a foto perfeita.
Strokkur lança água a 30 metros de altura, mas tenha atenção que pode ser salpicado com estas águas a escaldar, por isso não se aproxime demasiado. Strokkur entra em erupção a cada cinco ou dez minutos.
Hotéis recomendados em Strokkur
Outros lugares para ver na Islândia
- Breidamerkurjokull
- Vila de Skogar
- Svalbardseyri
- Kerlingarfjöll
- Vestrahorn
- Reykjavik
- Hvitserkur
- Hamarsfjordur
- Campo de lava de Eldhraun
- Leirhnjukur
- Cascata de Glymur
- Morsárfoss
- Selfoss
- Háifoss
- Hengifoss
- Brúarfoss
- Hraunfossar
- Sigoldugljufur
Mapa dos locais para ver na Islândia
Informação extra
O que vestir na Islândia — 10 itens essenciais
É altamente recomendável vestir-se em três camadas e preparar-se para períodos imprevisíveis de clima chuvoso, ventoso e frio — camadas à prova de vento e impermeáveis são essenciais.
Porém, num só dia pode ter várias estações do ano. Durante uma viagem na Islândia tanto estive em temperaturas negativas (e a minha tenda foi alagada por uma enorme chuvada), como estive a relaxar ao sol com temperaturas de 25 graus.
- Casaco impermeável
- Calças impermeáveis
- Chapéu
- Óculos de sol
- Casaco polar
- Cachecol
- Luvas
- Gorro
- Botas ou ténis de caminhada
- Fato de banho
Visto para a Islândia
Os cidadãos portugueses e brasileiros não precisam de visto para visitar a Islândia. Basta ter o cartão de cidadão, no caso de Portugal e o passaporte, no caso do Brasil. O país pertence ao Espaço Económico Europeu (EEE), pelo que os nacionais de Portugal podem residir ou trabalhar no país.
Quantos dias na Islândia?
Agora que já tem uma noção do que existe para ver, a questão seguinte é: quantos dias ficar na Islândia? A resposta depende, em primeiro lugar, da altura do ano em que viaja. Se visitar a Islândia no Verão, quando os dias são longos, irá precisar de menos tempo do que no Inverno.
Eu estive no país em Junho, no pico do Verão, acordei sempre cedo e deitei-me tarde. Houve, aliás, dias (ou noites) em que estava a fotografar uma queda d’água, completamente sozinho, à meia-noite…
Por norma, os meus dias terminavam por volta das 21h00. Precisa de pelo menos 5 dias para ver os principais marcos ao longo da costa sul, o Golden Circle e Reykjavik. Veja também 20 dicas essenciais para a primeira viagem à Islândia.
Se quiser dar a volta à ilha, através da Ring Road, então sugiro que pegue nos locais que indico neste artigo e elabore um roteiro para 10 dias na Islândia. Se ainda quiser ir ao interior do país ou aos Westfjords, então terá que passar pelo menos duas semanas na Islândia.
Este é sem dúvida um dos países mais espectaculares do planeta. A melhor maneira de o conhecer é alugar um carro, que lhe dá a liberdade de planear, alterar o próprio itinerário e parar ao longo do caminho.
Eu uso a Discovercars para encontrar os melhores preços.
Abaixo apresento-lhe algumas ideias para vários roteiros na Islândia. São apenas sugestões, pois há inúmeras formas de explorar este país fenomenal. Estes roteiros são um pouco apressados, mas servem para a primeira visita ao país — para que possa tomar-lhe o gosto.
Caso queira caminhar em terra ou no gelo, precisará de mais tempo. Aliás, até recomendo “picar” menos pontos e ir mais devagar.
Roteiro para 5 dias na Islândia
Dia 1: Reykjavik
Dia 2: Península de Snaefellsnes
Dia 3: Golden Circle (Thingvellir, Strokkur, Gullfoss)
Dia 4: Seljalandsfoss, Skógafoss, Dyrhólaey
Dia 5: Reykjavik
Roteiro para 7 dias na Islândia
Dia 1: Reykjavik
Dia 2: Península de Snaefellsnes
Dia 3: Golden Circle (Thingvellir, Strokkur, Gullfoss)
Dia 4: Seljalandsfoss, Skógafoss, Dyrhólaey
Dia 5: Jokulsarlon
Dia 6: Skaftafell, Parque Nacional Vatnajokull
Dia 7: Reykjavik, Blue Lagoon
Roteiro para 10 dias na Islândia
Dia 1: Reykjavik
Dia 2: Península de Snaefellsnes
Dia 3: Golden Circle (Thingvellir, Strokkur, Gullfoss)
Dia 4: Seljalandsfoss, Skógafoss, Dyrhólaey
Dia 5: Skaftafell, Jokulsarlon, Parque Nacional Vatnajokull
Dia 6: Eastfjords (Fiordes Ocidentais)
Dia 7: Lago Myvatn, Namafjall
Dia 8: Observação de baleias em Husavik, Godafoss
Dia 9: Regresso a Reykjavik
Dia 10: Reykjavik, Blue Lagoon
Quando visitar a Islândia?
Há algo especial e único em cada estação — é um dos pontos fortes do país. Há uma expressão islandesa onde se diz que se não gostarmos do tempo para esperarmos cinco minutos e tudo deverá diferente. Podemos ir no Verão, quando o sol não se põe, em Junho, ou ir na escuridão do Inverno, quando o sol quase não se vê, mas somos iluminados e bafejados pelas Luzes do Norte.
No Verão, há tantas horas para explorar o país que quase não se dorme, aumentam as probabilidades de ver baleias e papagaios-do-mar e o tempo está óptimo para caminhar. A maior desvantagem de viajar no Verão são os preços e as enchentes de turistas.
Já visitei a Islândia em todas as estações e embora tenha gostado muito de estar a viajar no Verão, mas prefiro a ilha durante o Outono ou a Primavera, quando há menos gente, as paisagens estão pintadas de cores, a luz para fotografar é perfeita, há menos multidões, um clima (relativamente) agradável e é possível ver a Aurora Boreal.
Os meses de Inverno, de Novembro a Março, são a melhor altura para fazer tours nas grutas de gelo e observar as Luzes do Norte, já que os dias são bem mais curtos — apenas quatro ou cinco horas de luz solar em Dezembro e Janeiro. O senão, é que algumas zonas vão estar inacessíveis devido aos nevões.
Fotografia na Islândia
A Islândia é conhecida pela beleza excepcional e pelas paisagens de contrastes extremos. Mesmo quem tem pouca experiência a fotografar, consegue regressar com algumas boas imagens. Se, porém, quiser regressar a casa com fotos especiais, recomendo que faça um workshop de fotografia comigo.
Internet e Wi-fi
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Dinheiro na Islândia
A moeda oficial é a coroa islandesa (ISK). Os pagamentos com cartão são comuns e coisa que não falta são máquinas para levantar dinheiro (ATM). No entanto, ao viajar para a Islândia praticamente não precisará de usar dinheiro. A maioria da população usa cartão de débito ou crédito para fazer compras.
Eu uso o cartão Wise e o cartão Revolut para evitar taxas e comissões bancárias. Viajo sempre com ambos.
Como chegar à Islândia
Os voos internacionais chegam ao Aeroporto de Keflavik, a 50 quilómetros da capital Reykjavik, mas também há quem chegue de cruzeiro ou (menos comum) através do ferry da Dinamarca. Não existem voos directos de Portugal ou do Brasil para a Islândia. Para quem viaja de Portugal há várias rotas possíveis: através de Madrid ou Barcelona, embora quiçá o mais barato seja através de Londres.
Se viajar desde o Brasil para a Islândia, então a escala deverá acontecer num dos aeroportos de Londres ou em Frankfurt. Se não se importar com duas escalas, pode viajar com a TAP para Lisboa. Encontre aqui as rotas e os preços mais baixos.
Alugar um carro
Se tiver viatura própria é muito mais fácil. Opte por alugar um carro com a Rentalcars ou Discovercars. Estes sites permitem comparar os preços e, em muitos casos, pode-se cancelar o aluguer sem custos até 48h antes da partida.
Hotel na Islândia
Na hora de decidir onde ficar na Islândia, a resposta pode variar entre campismo ou alojamento local. Se quiser ficar mais confortável e não arriscar ficar com a tenda alagada (como me aconteceu num dos dias), então sugiro estes hotéis para o seu roteiro.
- Tungata (Reykjavik)
- Freyja Guesthouse & Suites (Reykjavik)
- The Old Post Office Guesthouse (Snæfellsnes)
- Við Hafið Guesthouse (Snæfellsnes)
- Myrkholt Farm (Strokkur)
- Litli Geysir Hotel (Strokkur)
- ION Adventure Hotel (Thingvellir)
- Hotel Grimsborgir (Thingvellir)
- Skyrhúsid Guesthouse (Jokulsarlon)
- Fosshotel Glacier Lagoon (Jokulsarlon)
- Hotel Skaftafell (Eastfjords)
- Road 62 Hagi 2 (Westfjords)
- Harbour Inn – Guesthouse (Westfjords)
- Skútustadir Guesthouse (Myvatn)
- Vogafjós Farm (Myvatn)
- Árból Guesthouse (Húsavík)
Seguro de viagem
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Organizo e lidero viagens em grupo para destinos que conheço bem. E só faço viagens com pequenos grupos (máximo de 12 pessoas).
Já estive em 60 países, por isso se tiver uma viagem em mente com um grupo de amigos, familiares ou colegas de trabalho, contacte-me e terei todo o prazer em planear, organizar e liderar a viagem que deseja. O roteiro poderá ser desenhado à medida, assim como o orçamento e actividades.
- Veja o calendário das viagens e inscreva-se ou diga-me para onde quer viajar em grupo e eu trato de tudo.