A Lufthansa, a principal companhia aérea da Alemanha, levou a tribunal um passageiro que não embarcou num dos seus voos. A acção judicial movida pela empresa germânica, diz respeito a um passageiro que deveria ter voado de Seattle para Oslo via Frankfurt, mas não embarcou no voo de ligação.
Embora não seja novidade alguém fazer isto, será das primeiras vezes que um passageiro é processado judicialmente por decidir “ficar em terra”, usando o método conhecido como hidden city ou cidade escondida. A razão pela qual muitos passageiros compram este tipo de bilhetes é porque as poupanças são enormes.
No caso da Lufthansa, o caso remonta a Abril de 2016 e a Lufthansa reclama os 2100€ (além dos juros) que ele terá, alegadamente, economizado. O caso foi arquivado em Dezembro, mas a companhia aérea alemã decidiu recorrer.
Outras companhias aéreas, como a United e a Iberia, também tomaram medidas para evitar este tipo de situação, mas nunca ao ponto de levar os passageiros a tribunal. Muitas operadoras já impõem cláusulas de “no-show”, que permitem cancelar reservas de ida e volta ou multi-destinos.
Ao comprar este tipo de bilhete, pode poupar dezenas ou centenas de euros. Porém, a verdade é que são as próprias companhias aéreas que definem a política de venda de bilhetes, rotas e preços.
E fazem-no, talvez, para que passageiros que desconhecem este sistema dele possam beneficiar. A atitude da Lufthansa ilustra até que ponto as companhias aéreas estão a tentar acabar com esta falha no sistema de emissão de bilhetes.
Este caso pretende, defendem alguns, amedrontar quem pretenda fazer o mesmo. Poderá, também suceder que as autoridades europeias vejam esta atitude da Lufthansa como uma afronta aos direitos e liberdades individuais. Aliás, alguns grupos de defesa do consumidor – por exemplo no Reino Unido – iniciaram uma campanha para que esta política penalizadora para os clientes seja anulada.
Resta saber, se a publicidade negativa (para a Lufthansa) que advém deste processo em tribunal fará a empresa alemã mudar de opinião. Ou, pelo contrário, se esta notícia terá o condão de informar ainda mais pessoas sobre como poupar dinheiro nos voos.
Como fintar as companhias aéreas e poupar nos voos
Estas situações existem porque sai mais barato – em muitas situações – reservar um bilhete com vários voos: do destino A para B para C, mas terminando a viagem no destino B. Por exemplo, voar de Nova Iorque para Lisboa via Londres e sair em Londres. Ou viajar desde São Paulo para Lisboa via Madrid e sair em Madrid. Estes casos funcionam, na maior parte dos casos, se não tiver mala de porão, já que esta é despachada para o destino final.
Atenção que se comprar um bilhete do tipo Lisboa – Toronto via Londres e quiser começar a viagem em Londres a viagem será cancelada automaticamente. Leia os termos e condições antes de marcar qualquer voo.
Há, porém, uma outra forma de fintar o sistema. Por exemplo, se usar o Skyscanner pode pesquisar um voo do Rio de Janeiro para Lisboa, via Londres Heathrow – com mala de porão. Neste caso a forma de fintar o sistema seria: comprar um bilhete Rio de Janeiro – Londres Heathrow – Londres Gatwick – Lisboa.
Ou seja, por ter de mudar de aeroporto em Londres iria ser obrigado a recolher a mala de viagem e assim poderia terminar a viagem em Londres.
Recordo-me de uma situação pessoal em que viajei para a Namíbia e estava a residir em Londres. Ao comprar um bilhete de Lisboa para Joanesburgo via Londres, poupei mais de 300 euros. Ou seja, viajei para Lisboa num bilhete individual e horas depois voltei a Londres, tendo assim poupado centenas de euros. Incrível?
Em resumo, esta acção da Lufthansa faz tanto sentido como este exemplo: alguém visita um restaurante e pede um menu com entrada, prato principal e sobremesa pelo valor de 10€. Agora imagine que se sente satisfeito com a entrada e prato refeição principal e decide não comer a sobremesa.
O proprietário dirige-se a si e diz-lhe: “Desculpe, mas vai ter de pagar 15€ porque não comeu todos os items do menu”. Ridículo, certo? É este o mesmo tipo de comportamento de algumas companhias aéreas.
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